domingo, 3 de dezembro de 2017
Conteúdo - A filosofia natural e moral de Thomas Hobbes
Influenciado por grandes nomes como Francis Bacon e Galileu Galilei, Hobbes refutou a metafísica e buscou a causa e a propriedade das coisas. Assim, o ponto de partida da filosofia de Thomas Hobbes se dá com a física: ele acreditava que a filosofia é a ciência dos corpos, ou seja, tudo possui existência material, e, os corpos se dividiriam em corpos naturais (filosofia natural) e corpos artificiais (filosofia política). Dentre as principais características de seu empirismo, estão o materialismo (concepção de que tudo possui existência material, desprezando, portanto, a existência de seres imateriais) e o mecanicismo (concepção em que os fenómenos são explicados por causas mecânicas, ou seja, força e movimento), sendo estas ideias inerciais e antiteológicas.
Em seus livros "Os elementos da lei" e "Leviatã", Hobbes torna evidente o uso da física e suas leis mecânicas como base para explicar fenómenos psíquicos e físicos, chegando até mesmo a comparar o homem com uma máquina, além de fazer analogia à mecânica do homem e à mecânica do relógio: "O que é o coração, senão uma mola; os nervos, senão outras tantas cordas; e as juntas senão outras tantas rodas; imprimindo movimento ao corpo inteiro, tal como foi projetado pelo Artífice?"Porém é apenas em seu livro "De Corpore" que Thomas Hobbes demonstra-nos de forma total e estruturada o conhecimento mecânico da natureza, conhecimento este que se mostra consolidado apenas em "Tractatus opticus"
Com isso, Hobbes conclui que o homem tende naturalmente a continuar em movimento, isto é, o valor primordial para cada indivíduo seria a conservação da vida, o crescimento e a afirmação de si mesmo. Assim, a explicação mecanicista que Hobbes dá ao processo de formação das escolhas, paixões e ações humanas fundamenta sua tese para o desejo de poder humano.
Biografia - Maximilien Foy
n: 3 de Fevereiro de 1775 em Ham (França)
m: 28 de Novembro de 1825 em Paris (França)
Filho de um velho soldado que tinha combatido em Fontenoy, em 1745, e que era correio-mor da localidade onde vivia, foi educado pela mãe, de origem inglesa, devido à morte do pai ocorrida quando contava somente 5 anos de idade. Tendo continuado os estudos num colégio de Soissons entrou para a escola de artilharia de La Fère aos 15 anos, tendo-se transferido mais tarde para a escola de Châlons. Admitido no exército a tempo de participar na campanha de Flandres, Foy assistiu à batalha de Jemmapes, em Novembro de 1792, com o posto de 2.º tenente.
Promovido rapidamente ao posto de capitão (Abril de 1793), combateu sob as ordens dos generais Dampierre, Jourdan, Pichegru e Houchard, mas em 1794, mostrando as suas simpatias girondinas, insurgiu-se contra a política dos jacobinos sendo preso por ordem do comissário da República, devendo a sua salvação à queda dos jacobinos e ao assassinato de Robespierre.
Nas campanhas de 1796 e 1797 serviu nos exércitos comandados pelo general Moreau, onde se tornará amigo do general Desaix. Distinguindo-se várias vezes, é ferido gravemente na batalha de Diersheim. A paz de Campo-Formio permitiu-lhe continuar os estudos, tendo seguido os cursos de direito público e história moderna do professor de Estrasburgo Christoph Wilhelm von Koch (1737-1813). Recomendado pelo general Desaix a Napoleão Bonaparte, recusou ser ajudante de campo deste general e participar na campanha do Egipto. No ano seguinte, durante a campanha da Suiça, em 1798, distinguiu-se novamente mostrando o seu descontentamento por combater contra um povo com instituições republicanas. Na campanha de Masséna de 1799 Foy foi promovido a Coronel no campo de batalha de Limmat, ao ter parado as forças russas com 9 peças de artilharia. No ano seguinte combateu sob as ordens de Moncey na campanha de Marengo, tendo posteriormente combatido no Tirol.
Os princípios republicanos moderados de Foy fizeram com que se opusesse à ascensão gradual de Napoleão Bonaparte ao poder supremo, tendo votado contra o consulado vitalício, em 1802, e contra a proclamação do Império, em 1804, foi penalizado ao ver a sua promoção ao generalato adiada. Mais grave, do ponto de vista de Napoleão Bonaparte, foi a sua defesa pública do general Moreau quando este foi preso e julgado por oposição ao primeiro cônsul, no seguimento da conspiração monárquica de Cadoudal, de 1804. Só conseguiu evitar a prisão porque tinha acabado de entrar ao serviço no exército de ocupação da Holanda. Em 1806 casou com a filha do general Baraguay d'Hilliers, coronel-general dos Dragões, um dos grandes dignitários criados no início do regime imperial, sendo nomeado comandante da artilharia do corpo francês no Friul. No ano seguinte foi enviado para Constantinopla, indo ter com o general Sebastiani, general de cavalaria da arma de Dragões, embaixador de França no Império Otomano desde Maio de 1806. Sob a sua direcção a artilharia otomana conseguiu impedir a passagem dos Dardanelos a uma frota britânica.
Enviado para Portugal, como oficial agregado ao comando da artilharia do corpo da Gironda, comanda a artilharia de reserva na batalha do Vimeiro em Agosto de 1808. De regresso a França é nomeado general de Brigada por Napoleão em Novembro desse mesmo ano, quando é enviado para Bordéus para comandar a 1.ª brigada da divisão comandada pelo general Delaborde, do 8.º corpo do Exército de Espanha, comandado por Junot.
Participa na Batalha da Corunha, integrando a 3.ª divisão do 2.º corpo de Soult, comandada pelo general Delaborde, após a extinção do corpo de Junot e a sua transferência para o comando de Soult. De novo em Portugal, é ferido em Braga, e ao entrar no Porto para exigir a rendição da cidade, é quase linchado pela população que o toma pelo general Loison, o célebre Maneta. Salva-se ao mostrar os dois braços à multidão. É preso, mas libertado em 29 de Março com a conquista da cidade pelos franceses.
Em Março de 1810 ataca as forças anglo-espanholas em Arroyo del Puerco, perto de Cáceres, na preparação da invasão de Portugal, sendo ferido novamente na batalha do Buçaco em Setembro, no comando de uma brigada da divisão Heudelet do 2.º corpo, comandado pelo general Reynier. Enviado por Massena a Napoleão Bonaparte, para explicar a situação do «Exército de Portugal», da novidade que eram as Linhas de Torres Vedras e da necessidade de reforços, é feito general de Divisão pelo Imperador.
Comandante da 1.ª Divisão do «Exército de Portugal», comandado pelo marechal Marmont, que tinha substituído Masséna em 1811, cobre a retirada do exército francês após a derrota em Salamanca. Com a retirada de Wellington para Portugal, devido ao fracasso na tentativa de conquistar o castelo de Burgos, ocupa Palencia, Simancas e força a passagem do Douro em Tordesilhas. Após a derrota de Vitória, dirige o reagrupamento do exército francês, ganha o combate de Cubiry em finais de Julho de 1813, e faz recuar Wellington em Saint-Pierre-d'Irube, em Dezembro, numa das mais sangrentas batalhas da guerra peninsular. Gravemente ferido na batalha de Orthez, em 27 de Fevereiro de 1814, não servirá mais até ao fim do Império.
A Restauração fá-lo Grã-Cruz da Legião de Honra e dá-lhe um comando. Com o regresso de Napoleão Bonaparte, durante os Cem Dias, aceita servir o regime imperial restabelecido, mas só após a saída de Luís XVIII do território francês. Combate em Quatre-Bras, e em Waterloo faz parte do flanco esquerdo francês que atacará, sem sucesso, o castelo e a quinta de Hougomont, no comando da 9.ª divisão de Infantaria, parte do 2.º corpo de Reille.
Com a Segunda Restauração, demitiu-se do serviço militar, começando a escrever a sua «História da Guerra da Península». Em 1819 foi eleito deputado pelo departamento do Aisne. Na câmara, os dons de oratória do general Foy, demonstrados desde o seu primeiro discurso, as suas posições em defesa dos princípios liberais da revolução de 1789 - girondinos - fizeram-no naturalmente chefe dos liberais na assembleia. Em 1823 declarou-se violentamente contra a intervenção francesa em Espanha, e após a dissolução de 1824 foi eleito por três círculos ao mesmo tempo. O seu funeral foi seguido, segundo as crónicas da época, por mais de 100.000 pessoas.
Em 1826, saiu uma primeira edição dos seus Discursos, em 2 volumes, e em 1827 a sua mulher publicou, de acordo com as notas do general, a Histoire de la guerre de la Péninsule sous Napoléon
Fonte:
Jean Tulard e outros,
Histoire et Dictionnaire du Consulat et de l'Empire,
Paris, Laffont, 1995.
Biografia retirada daqui
OE2018: Aprovada gratuitidade dos manuais escolares dos 5.º e 6.º anos
Os manuais escolares dos 5.º e 6.º anos de escolaridade passarão a ser gratuitos em 2018, depois de o parlamento ter aprovado hoje em especialidade as propostas do BE e do PCP neste sentido.
As propostas para que a gratuitidade dos manuais escolares nas escolas públicas fosse alargada ao segundo ciclo do ensino básico foram hoje votadas e aprovadas - primeiro a do BE e depois a do PCP - ambas com os votos favoráveis de todos os partidos exceto do PSD e do CDS que votaram contra.
Ainda na área da educação, foi votada uma proposta do BE para reduzir o número de alunos por turma nos anos de início de ciclo no ensino básico, ou seja, nos 1.º 5.º, 7.º anos de escolaridade. O PCP apresentou uma proposta no mesmo sentido que já tinha sido aprovada.
O Bloco aprovou ainda uma proposta para que, em 2018, em sentido semelhante ao uma proposta do PCP já aprovada, o Governo crie "as condições necessárias para que os agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas em que as cantinas e refeitórios estejam concessionadas a privados possam (...) proceder à avaliação do funcionamento das cantinas e refeitórios, em especial da qualidade e da quantidade de alimentos fornecidos nas refeições aos alunos".
No entanto, a proposta dos bloquistas pretendia "recuperar a gestão das cantinas com a consequente alocação dos recursos materiais e humanos necessários para o efeito", mas esta alínea foi rejeitada.
Os deputados da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa cumpriram na quinta-feira o segundo dia de votações da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) e das centenas de propostas de alteração apresentadas pelos partidos e que esteve marcado por várias interrupções para debater o método de votação a utilizar.
Informação retirada daqui
sábado, 2 de dezembro de 2017
Notícia - Indústria da Pastelaria em destaque na TecnoAlimentar 13
Novas apostas, conceitos inovadores, preços acessíveis e novas tecnologias de suporte à confeção e produção dos produtos marcam, sem dúvida, a pastelaria nacional atualmente.
O setor da pastelaria, a par da panificação industrial, cresceu 2,4% em 2016. Relativamente ao comércio externo, as exportações atingiram 205 milhões de euros no ano passado, mais 9% do que no ano anterior, com Espanha a constituir o principal destino das vendas.
Resta saber que números teremos no final de 2017. A avaliar pelo crescimento sustentado, antecipa-se um ano de melhoria nas vendas e nas exportações. Neste dossier damos a conhecer os números mais recentes e alguns casos de empresas que são decisivas no setor e contribuem, em muito, para o crescimento nesta área.
José Francisco Silva, presidente da ACIP – Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, concede-nos uma entrevista onde é claro: «as pastelarias têm de ser espaços de alimentação superinteligente».
A listeriose é uma doença causada pelo consumo de alimentos contaminados por Listeria monocytogenes, bactéria à qual os indivíduos imunocomprometidos (crianças, grá- vidas, idosos e doentes crónicos entre outros) devem estar particularmente atentos. Saiba mais sobre esta doença num artigo sobre o tema.
“Cereais e Alimentos à base de cereais - a ASAE no controlo de matérias-primas e produto final”. Assim se intitula o habitual artigo da ASAE na edição 13 da TecnoAlimentar.
“O impacto do processamento culinário na qualidade organoléptica e nutricional do feijão”, o “interesse nutricional de variedades de pão com elevado teor em amido resistente” e a “produção do frio num supermercado” são outros artigos científicos e técnicos que pode contar nesta edição.
A Merlett assume-se como líder europeu no mercado das mangueiras de materiais plásticos, destinadas aos setores industriais técnicos, agricultura, indústria alimentar, construção, entre outros. Alberto Regatero Garcia, Diretor Geral da Merlett Ibérica, em entrevista, fala da marca, do seu posicionamento e do futuro, sempre com o cliente em primeiro lugar.
O mercado de produtos sem glúten é outro dos temas em destaque.
Estes e outros temas para ler na próxima edição n.º 13 da TecnoAlimentar.
Informação retirada daqui
UFCD - 0084 - Técnicas de composição de texto
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Técnicas de composição de texto
Código:
0084
Carga Horária:
25 horas
Pontos de crédito:
2,25
Objetivos
- Compor texto.
Recursos Didáticos
Conteúdos
- Técnicas de composição
- Palavra
- - Tipo/estilo
- - Corpo
- - Espacejamento entre caracteres
- - Cor
- Linha
- - Espacejamento entre palavras
- - Fins de linha
- Parágrafo
- - Entrelinhamento
- - Estilos de parágrafos
- - Dimensão da abertura dos parágrafos
- - Linha quebrada
- Documentos (trabalhos comerciais./livro/revista/jornais)
- - Mancha gráfica, grelha
- - Filetes
- - Enquadramento de textos, filetes, imagens e cor
- - Distribuição de claros
- - Imposições
- Revisão gráfica: método e simbologia
- Saídas de baixa resolução (provas)
- Prevenção e manuseamento de produtosPrevenção e manuseamento de equipamento
Referenciais de Formação
213004 - Técnico/a de Desenho Gráfico |
Histórico de Alterações
(*) 2008-05-14 Criação de UFCD.
Conteúdo - Como é o pôr-do-sol em Marte? Mais azulado
No seu 956.º dia no planeta vermelho o robô Curiosity parou para ver o sol a desaparecer atrás das montanhas. Veja a animação.
Mais azulado. É esta a resposta rápida à pergunta sobre o pôr-do-sol em Marte, cortesia do robô Curiosity. No seu 956.º dia no planeta vermelho, a 15 de abril, o robô da Agência Espacial norte-americana (NASA), parou para ver e gravar o sol a desaparecer atrás das montanhas, a cores.
Este foi o primeiro pôr-do-sol a cores visto pelo Curiosity, a partir da cratera de Gale. As imagens foram captadas pela câmara do olho esquerdo e a cor calibrada para ser semelhante à que seria vista por um humano.
O tom azulado, explica a NASA, é resultado da composição da atmosfera de Marte, que tem partículas muito finas que permitem à luz azul penetrar mais com mais facilidade do que outras cores com outros comprimentos de onda. O efeito é mais pronunciado na altura do pôr-do-sol, quando a luz incide de forma mais oblíqua, percorrendo um caminho mais longo.
Notícia retirada daqui
Conteúdo - Modelo sugere que Marte teve um oceano
Há 3,5 mil milhões de anos Marte pode ter sido um planeta azul. Um modelo feito a partir da informação sobre as marcas geológicas de deltas de rios e redes hidrográfica sugere ter existido uma massa de água que cobria um terço do planeta.O oceano ficaria no Norte de Marte, teria o tamanho do Atlântico e continha um décimo da água existente na Terra. O artigo sobre o estudo foi publicado ontem na Nature Geoscience.
Os cientistas da Universidade do Colorado estudaram 52 deltas de rios que estão situados no Norte do planeta. Mais de metade destes deltas ficam a altitudes parecidas, sugerindo que os rios escorriam para o mesmo corpo de água.
Desde a década de 1980 que estudos sugerem a existência de um oceano no planeta. “A nossa investigação iniciou-se um pouco como uma piada”, disse Gaetano Di Achille à Nature, que assinou o estudo juntamente com Brian Hyneck. “Estávamos a trabalhar nesta base de dados de deltas e vales e dissemos: porque que é que não testamos a hipótese do oceano?”
Segundo os cálculos, 36 por cento do planeta estaria coberto por água num único oceano que conteria 134 milhões de quilómetros cúbicos de água. Haveria ainda vários lagos com tamanhos diferentes e um ciclo hídrico com chuva, evaporação e neve. O planeta também poderá ter tido vida.
No entanto, há cientistas que contestam esta conclusão. Apesar de tudo indicar ter havido uma grande quantidade de água no Norte de Marte, muitos dos deltas não estão à mesma altitude. Os autores argumentam que a variação da altitude dos deltas é maior na Terra. Mesmo assim, são necessárias mais provas para sustentar a teoria.
Os projectos espaciais com destino a Marte como a ExoMars (uma aposta europeia e americana para enviar um robô ao planeta) poderão dar mais contributos neste sentido. Os fenómenos que levaram ao desaparecimento desta enorme quantidade de água e a existência ou não de vida no oceano são outros mistérios a desvendar.
Conteúdo - Astrónomo português recebe prémio internacional por procura de exoplanetas
A primeira edição do prémio internacional de Astronomia Viktor Ambartsumian foi para o astrónomo Nuno Santos e mais dois colegas estrangeiros pela investigação feita em planetas fora do sistema solar. O galardão criado pelo Presidente da Arménia tem um valor de 500 mil dólares, cerca de 387 mil euros.“Estou surpreendido porque é uma coisa fora do habitual, embora tenha consciência que o trabalho mereça isto”, disse ao PÚBLICO Nuno Santos, investigador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), onde trabalha desde 2007. “O prémio é pelo acumular de resultados dos últimos dez anos”, refere o investigador de 36 anos que já entrou em contacto com os outros dois vencedores, o suíço Michel Mayor, que identificou o primeiro exoplaneta em 1995, e o arménio Garik Israelian. “Estão contentes, são boas notícias para toda a equipa e para a astronomia”, referiu.
O prémio foi criado em 2009 e é bianual. Houve 14 equipas e cientistas nomeados para este ano. Mas foi a investigação que a equipa fez para se compreender as características e a forma como são criados os sistemas planetários que ganhou a corrida. Só em Outubro passado o grupo de investigação do Porto anunciou ter encontrado 32 exoplanetas, hoje conhecem-se mais de 460.
“A procura de exoplanetas é provavelmente um dos temas mais quentes na Astronomia. Nesse sentido é pouco surpreendente que o prémio tenha vindo para esta área, é uma área que tem tido muito impacto”, explicou o investigador, referindo que a há muitas equipas à procura de planetas iguais à Terra capazes de serem habitados.
“Arrisco-me a dizer que nos próximos cinco ou seis anos descobrimos [um planeta igual à Terra]”, prevê o cientista, explicando que o ritmo da investigação é muito alto. “O desenvolvimento do Espresso será o passo final para conseguirmos esse objectivo.”
O Espresso é um espectrógrafo de alta resolução e vai custar 10 milhões de euros. Portugal, é um dos quatro países responsáveis pelo projecto. O instrumento irá procurar exoplanetas rochosos como a Terra com uma resolução dez vezes maior do que a que existe hoje e vai ser instalado junto do VLT (Very Large Telescope) do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, em 2014. Neste momento o projecto está na fase de desenho dos instrumentos, para que depois possam ser fabricados. Ao mesmo tempo estão a ser escolhidas as estrelas que irão ser estudadas.
Nuno Santos já tinha ganho em 2009 a bolsa europeia do European Reasearch Council (ERC) ERC Starting Grant 2009 no valor de quase um milhão de euros para a sua investigação. Com o novo prémio, que é individual e dividido pelos três cientistas, diz “continuar a apostar na astronomia”. O investigador é professor na Universidade do Porto e defende que a Astronomia em Portugal está a crescer bem e recomenda-se. O galardão “mostra que Portugal consegue criar pessoas capazes de ganhar prémios como este”.
Conteúdo - Foi descoberta a galáxia mais luminosa.
A WISE J224607.57-052635.0 pertence a uma nova classe a que os cientistas chamam de "galáxias infravermelhas extremamente luminosas".
A NASA anunciou hoje a descoberta da galáxia mais luminosa, com luz equivalente a mais de 300 milhões de milhões de sóis.
A galáxia, refere a agência espacial norte-americana numa nota, pertence a uma nova classe de corpos celestes recentemente descobertos pelo telescópio de infravermelhos WISE, as "galáxias infravermelhas extremamente luminosas".
A galáxia, catalogada como WISE J224607.57-052635.0, pode ter um buraco negro no seu centro, o que é raro numa galáxia longínqua como esta.
Uma vez que a luz da galáxia viajou 12,5 mil milhões de anos até chegar ao tempo atual, astrónomos veem o corpo como era no passado distante. O buraco negro já teria mil milhões de vezes a massa do Sol quando o Universo tinha um décimo da sua idade atual, cerca de 14 mil milhões de anos.
"Estamos a observar uma fase muita intensa da evolução da galáxia", afirmou Chao-Wei Tsai, da NASA, e autor principal do estudo, que é publicado na sexta-feira na revista The Astrophysical Journal.
Segundo o astrónomo, "a deslumbrante luz" da galáxia pode derivar da ação de um buraco negro 'supermassivo'.
Buracos 'supermassivos' atraem gás e matéria para um disco de acreção em seu redor, a ponto de o aquecer para temperaturas de milhões de graus e fazer com que liberte radiação visível, ultravioleta e raios-X. A luz é bloqueada por "casulos" de poeira, que, ao aquecerem, emanam radiação infravermelha.
Como o buraco negro em causa se tornou tão gigantesco continua uma incógnita para os autores da investigação.
O estudo reporta 20 novas "galáxias infravermelhas extremamente luminosas", incluindo a galáxia mais luminosa detetada até agora.
Estas galáxias não foram encontradas anteriormente devido à sua distância e porque a poeira torna a sua luz visível em radiação infravermelha, não visível.
Conteúdo - Choque de asteróides
O telescópio espacial ‘Hubble’ captou uma imagem em forma de "X" com uma espécie de cauda, semelhante a um cometa, que deverá ter sido criada pela colisão frontal de dois asteróides. O impacto terá ocorrido a uma velocidade média de 11 000 quilómetros por hora.
O objecto, baptizado como P/2010 A2, foi descoberto no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter e estaria a 144 milhões de quilómetros da Terra, quando foi captado pelo ‘Hubble’, em Janeiro. O P/2010 A2 é da família Flora, a mesma que produziu o asteróide que atingiu a Terra há 65 milhões de anos e levou à extinção dos dinossauros.
Conteúdo - O Mensageiro das Estrelas foi escrito para causar sensação e agora está em português
É o primeiro livro escrito por Galileu. Depois de ter construído e experimentado o primeiro telescópio, em 1609, o pai da astronomia moderna não conseguiu conter o mundo novo que descobriu do outro lado da luneta. E quis escrever sobre isso. Foi a única vez que escreveu um livro em latim. Portugal esperou 400 anos para o ler em português. Isso é possível a partir de hoje, depois de a Fundação Calouste Gulbenkian ter decidido aceitar um desafio proposto pela organização portuguesa do Ano Internacional da Astronomia (AIA) e pelo físico e historiador da ciência Henrique Leitão para traduzir, pela primeira vez, uma obra de Galileu para o português de Portugal.
"É um livrinho", descreve Henrique Leitão, folheando as 30 folhas que constituem a primeira obra de Galileu. O livro, hoje lançado às 18h00 na Fundação Calouste Gulbenkian, tem mais folhas que isso, uma vez que conta com a tradução, um estudo crítico e ainda uma nota de abertura de luxo, assinada por Sven Dupré, a maior sumidade mundial em matéria de telescópios de Galileu.
Mas, sendo "um livrinho", Henrique Leitão não tem dúvidas em afirmar sobre este Mensageiro das Estrelas: "Foi feito para causar sensação. Está escrito como se de notícias rápidas se tratasse, quase em estilo jornalístico. Ele não se dirige às elites. Queria chegar às pessoas comuns. E queria chegar também a toda a Europa. Ele era um divulgador de ciência", diz o investigador, justificando a opção pelo latim. Nas obras seguintes, Galileu optará pelo italiano. "Para além disso, dedicando o livro ao grão-duque Cosme II de Medici, acaba por arranjar emprego, ele que era professor mas que não gostava de dar aulas, que queria dedicar-se à astronomia e à observação do Universo. Daí Sven Dupré dizer, na introdução, que este livro é "uma candidatura a um emprego".
E é em homenagem ao espírito divulgador de Galileu que Henrique Leitão lança o desafio que espera ser aceite pelo público português: "A minha sugestão é que as pessoas leiam directamente o que Galileu escreveu. E entende-se tudo. Ele escreveu de um modo muito acessível. Pela primeira vez podemos comprovar isso através da leitura em português. E o estudo crítico torna esta leitura ainda mais divertida."
Este é o livro onde Galileu, depois de ter iniciado as primeiras observações com telescópios construídos por si próprio, anotou aquilo que descobriu. E o que Galileu descobriu veio inaugurar a astronomia moderna. "O livro, embora pequeno, abre uma perspectiva infinita para um novo Universo", diz Henrique Leitão. "As descrições das fases da Lua e o facto de ter montanhas e vales, o facto de relacionar o tamanho das estrelas com a distância a que elas se situam e de haver muito mais estrelas do que as 1022 que eram consideradas no catálogo de Ptolomeu. E ainda as "estrelinhas" que andavam à volta de Júpiter, os satélites, a que chamou estrelas mediceias, em homenagem aos Medici. Hoje sabemos que são planetas. Há 65 imagens sobre tudo isto no livro original. Nunca ninguém tinha abordado este problema desta maneira e a evidência visual é muito persuasiva. Num século XVII onde se pensava que o céu era algo absolutamente familiar, ele veio provar que havia um imenso e admirável universo desconhecido."
Tudo, explica Henrique Leitão, graças a "esse instrumento que veio aumentar os sentidos", ou seja, o telescópio. "Galileu transforma a sua casa numa pequena fábrica de telescópios para conseguir ultrapassar o problema que tinha de validação pelos pares. Como é que ele explicava que havia satélites em torno de Júpiter, se não tornasse possível a todos observarem o mesmo que ele via?"
É para celebrar esta entrada na astronomia moderna inaugurada pelas primeiras observações com o telescópio de Galileu que João Fernandes, coordenador do Ano Internacional da Astronomia em Portugal, decidiu integrar o lançamento da tradução de O Mensageiro das Estrelas na cerimónia de encerramento do AIA, que decorre hoje na Fundação Calouste Gulbenkian.
"O AIA marca as primeiras observações feitas com um telescópio por Galileu, em 1609. E em 1610 essas observações continuaram a acontecer, ano em que Galileu escreveu este livro. É uma obra muito importante, marca a metodologia moderna da astronomia. O que hoje fazemos ainda é replicar o que Galileu nos ensinou. Pode-se dizer que esta é a obra fundacional da astronomia moderna", diz João Fernandes, que observa que esta tradução já devia ter acontecido antes e que o trabalho prévio feito por Henrique Leitão no estudo sobre a obra e sobre Galileu tornou possível apresentar O Mensageiro das Estrelas hoje em português.
Astronomia portuguesa
Na cerimónia de encerramento é também inaugurada uma mostra - A astronomia no Portugal de hoje -, comissariada pelo astrónomo António Pedrosa, director do planetário do Centro Multimeios de Espinho, onde se faz o retrato da astronomia actual em Portugal. "Temos entre 50 a 60 astrónomos profissionais em Portugal; há 30 anos tínhamos dois ou três. E a astrofísica é a área com mais impacto na produtividade científica nacional", sustenta João Fernandes.
Há ainda uma maqueta que explica como vai ser o European Extremely Large Telescope ou E-ELT, o telescópio de grandes proporções que a Agência Espacial Europeia está a construir, e como funciona o ESO, o Observatório Europeu do Sul, a que Portugal pertence. No âmbito das palestras que decorreram ao longo do ano, sobre as Fronteiras do Universo, será ainda atribuído um prémio à melhor pergunta de astronomia colocada pelos alunos do básico e secundário que assistiram às palestras.
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Conteúdo - Astrónomos descobrem ilha de estrelas em formação na constelação Orion
Se a constelação Orion é já bem conhecida dos observadores assíduos do céu, o mesmo já não se pode dizer da nebulosa NGC 1788, “um tesouro subtil”, segundo o ESO. Esta “nuvem fantasmagórica” de gases e poeiras encontra-se relativamente afastada das estrelas brilhantes da cintura de Orion. No entanto, “os poderosos ventos e radiação oriundos destas estrelas tiveram um forte impacto na nebulosa, definindo a sua forma e tornando-a o lar de inúmeras estrelas bebés”, explica o ESO em comunicado.
Os astrónomos decidiram chamar “Morcego Cósmico” à nebulosa, devido à forma que se assemelha a um gigantesco morcego de asas abertas.
A borda vermelha quase vertical que se pode observar na metade esquerda da imagem resulta da ignição do hidrogénio gasoso nas partes da nebulosa que se encontram de frente para Orion, fenómeno causado pelas estrelas de grande massa.
Na imagem - obtida com o instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO em La Silla, no Chile - é também visível a estrela brilhante HD 293815, na parte superior da nuvem, acima do centro da imagem.
Segundo o Observatório, “todas as estrelas desta região são extremamente jovens, com idades médias de apenas um milhão de anos”. O nosso Sol tem 4,5 mil milhões de anos.
O ESO é financiado por 14 países: Áustria, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Holanda, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. De momento tem em funcionamento três observatórios no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor.
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