sábado, 7 de fevereiro de 2009

Presidentes dos Conselhos Executivos reiteram pedido de suspensão da avaliação de professores

Os 212 presidentes de Conselhos Executivos (PCE) de escolas e agrupamentos de todo o país decidiram hoje, numa reunião que decorreu em Coimbra, reiterar o pedido de suspensão do modelo de avaliação de desempenho dos professores que se encontra em vigor.

Num documento aprovado por unanimidade, sublinham que, ao contrário do que tem afirmado o Ministério da Educação, nada obriga à entrega dos objectivos individuais – por parte dos professores ou dos PCE – e consideram que a insistência na aplicação do modelo em causa, por parte do Governo, “parece responder apenas a um objectivo político que se esgota num mero cumprimento de calendário”.

Na reunião, onde ficou acertada a realização de novo encontro, ainda sem data determinada, em Lisboa, estiveram quase mais cem PCE do que aqueles que iniciaram o movimento de contestação ao actual modelo de avaliação, há cerca de um mês, em Santarém.

O tema da demissão em bloco, desta vez, não dominou o encontro. “Decidimos ter a coragem de não nos demitirmos – de não nos demitirmos de continuarmos a ter voz”, afirmou, em declarações aos jornalistas, Isabel Guê, presidente do Conselho Executivo da secundária Rainha D. Amélia, de Lisboa.



Graça Barbosa Ribeiro

Magalhães chega às crianças do ensino privado

Trezentas mil é o total de crianças inscritas, até agora, no programa Magalhães e já se deu inicio às inscrições de alunos, que nas escolas do ensino particular e cooperativo, estejam interessados em aderir ao referido programa. Trata-se de um universo que pode abranger mais de 50 mil crianças.

Até Fevereiro o Ministério da Educação espera ter concluído o processo de inscrição, em todas as escolas públicas e privadas. Em média, estão a ser entregues nas escolas cerca de sete mil computadores por dia, tendo já sido distribuídos um total de cerca de 120 mil computadores. Estima-se que até à Páscoa o Magalhães chegue a todos os alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico, cumprindo-se assim o Programa E-escolinha.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Programa Media Smart nas Escolas Portuguesas

Longe vai o tempo em que à Escola se pedia apenas que ensinasse os alunos a “ler, escrever e contar”, no sentido mais restrito desses termos.

Hoje, aquilo que se lhe pede é bem diferente. Pede-se-lhe que encare os seus alunos como cidadãos de corpo inteiro, e para isso, que a sua formação assente na compreensão do mundo e da sociedade em que vivem, para nela poderem intervir de modo mais informado, seguro, crítico e responsável.

Ambição com longa história, esta visão alargada do papel da Escola ganha maior e mais generalizada força com o famoso relatório de Jacques Delors, realizado para a UNESCO, e publicado em 1996, sobre a Educação para o século XXI.

Postulando que a educação de cada indivíduo assenta em quatro pilares fundamentais – aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver com os outros; e aprender a ser – a comissão responsável pelo relatório considera que a educação deve surgir como “um processo permanente de enriquecimento dos conhecimentos, do saber fazer, mas também e talvez em primeiro lugar, como uma via privilegiada de construção da própria pessoa, das relações entre indivíduos, grupos e nações”.

Em suma, o que se pede hoje à Escola é que enquadre as aprendizagens instrumentais básicas num processo mais global, que é o da formação de um cidadão esclarecido, de pleno direito, capaz de entender o mundo, de o reinterpretar, de tomar opções e de intervir sobre ele de forma própria e responsável.

Mas à Escola – lugar alvo, hoje, de tantos e tão exigentes pedidos – também se pede que trace, ela própria, o seu caminho, que encontre os melhores meios, que adapte programas e saiba gerir recursos próprios e da comunidade, para cumprir tão ambiciosos objectivos. Que ela própria, promotora de autonomia, seja mais autónoma na procura de respostas para a complexa e abrangente missão que lhe cabe na formação desse cidadão idealizado. É na confluência destas duas perspectivas que se enquadra o Programa Media Smart.

Enquanto Programa de literacia para a publicidade, o Media Smart constitui-se como um precioso instrumento pedagógico de domínio de uma linguagem com enorme alcance e influência sobre a vida das crianças e jovens actuais. Com ele se pretende que as crianças e jovens “desenvolvam competências para uma correcta interpretação das mensagens publicitárias”, comerciais ou não; adquiram “ferramentas que as ajudem a compreender e interpretar a publicidade” e, sobretudo, “desenvolvam o seu sentido crítico em relação a essas mensagens, reforçando a sua capacidade de análise e desconstrução das mesmas”.

Roberto Carneiro, Presidente do Grupo de Peritos que apoia a implementação do Programa em Portugal, aquando do seu lançamento, referia que “a publicidade torrencial, intrusiva, que invade o quotidiano da criança e do adulto é matéria que não pode continuar a ser ignorada na reflexão crítica que a escola quer – e deve – levar a cabo sobre a cidade contemporânea”.

Assim, “todo o investimento na escola e numa educação cidadã, verdadeiramente empenhada na formação de cidadãos livres, capazes de realizar escolhas criteriosas, com sentido crítico sobre a vida da cidade, dotados de competências básicas de interpretação autónoma dos fenómenos da complexidade comunicacional, numa sociedade cada vez mais mediática, tem de ser prioritário”.

Do ponto de vista “institucional”, trata-se também de um programa inovador entre nós. Desde logo, na sua origem: o programa surge da iniciativa da “sociedade civil” e das suas organizações – no caso a Associação Portuguesa de Anunciantes. Surge, portanto, como um programa de “responsabilidade social”, posto à disposição das escolas e professores que a ele queiram aderir voluntariamente e que o deverão adaptar ao seu próprio projecto e realidade (social e organizacional).

Mas o Programa é, ainda, inovador na perspectiva dos métodos e das actividades que propõe, dos materiais que disponibiliza e das ligações a que faz apelo (em especial, o apelo à participação dos Pais e abertura à comunidade e à vida real, para além da escola).

O Media Smart é, pois, um convite e um desafio lançado às escolas e aos professores. Mas é também, e simultaneamente, um precioso apoio e suporte para todos aqueles que queiram tomar em suas próprias mãos a difícil mas aliciante tarefa de contribuir para a formação das novas gerações na perspectiva apontada.

Tendo o programa por lema “Para um público esperto, um olhar mais desperto”, tenhamos a consciência e convicção de que, ao contribuirmos para a criação de “públicos cada vez mais despertos”, estaremos também a contribuir para ter, socialmente, “olhares cada vez mais espertos”.

Manuel Rangel,
Professor e Especialista em Ensino Básico

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os novos Papéis dos Pais na construção de uma Escola de Qualidade

I SEMINÁRIO 09

“Os novos Papéis dos Pais na construção de uma
Escola de Qualidade”

Protocolos de Colaboração - Cerimónia de Assinatura

Organização Conjunta: FRAPAL/DREAlg

07.02.09- FARO


A FRAPAL, Federação Regional das Associações de Pais do Algarve neste início do ano de 2009 e segundo período lectivo, saúda todos os Pais e Encarregados de Educação, seus Filhos e Educandos, Professores, Funcionários e restante comunidade educativa, e fazendo votos de muito sucesso, convida-vos para participar no I Seminário 09, subordinado ao tema “Os novos Papéis dos Pais na construção de uma Escola de Qualidade”, uma Organização Conjunta da FRAPAL com a Direcção Regional da Educação do Algarve, bem como para a assinatura de Protocolos de Colaboração entre a DREAlg, a FRAPAL e Autarquias do Algarve, a ter lugar no próximo dia 7 de Fevereiro, sábado, pelas 9.00h, no Auditório da Escola Superior de Saúde, em Faro, cujo Programa se anexa.

A FRAPAL cumpre assim a sua linha de acção, chamando mais uma vez o Movimento Associativo de Pais ao envolvimento, à participação, à intervenção, ao debate e discussão da Educação como uma Responsabilidade e tarefa de todos.
Conscientes de que o papel dos Pais na Escola, na promoção de uma Educação de qualidade é essencial e imprescindível, pugnamos para que essa realização possa ser cada vez mais informada, esclarecida e eficaz.

Nestas circunstâncias, conjuntamente com a Direcção Regional da Educação, elaborámos um Protocolo de Colaboração, a envolver igualmente as Autarquias do Algarve no financiamento a acções de formação que pretendemos desenvolver no Movimento Associativo de Pais, dirigidas às Associações de Pais, representantes de pais nos Órgãos das Escolas, Conselho Geral Transitório, Conselho Pedagógico, representantes dos pais nas turmas e para todos os pais que tenham assento noutras entidades ou organizações, Conselhos Municipais de Educação, Conselhos Municipais de Segurança, Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, Rede Social Local.

O referido Protocolo tem como finalidade dinamizar uma relação de proximidade e de colaboração entre as Escolas do Distrito de Faro de todos os níveis de ensino, os Pais e os seus órgãos representativos e as autarquias locais, sob o alto patrocínio da Direcção Regional do Algarve, tendo em vista o desenvolvimento de acções conjuntas favoráveis à promoção do sucesso educativo dos alunos desta região e de uma melhor e mais eficaz Escola e Educação.

Este é pois um momento alto do Movimento Associativo de Pais, para o qual todos vós contribuístes, pela vossa participação e confiança, cada vez mais crescentes.

A todos o nosso muito obrigado e bem hajam por todo o empenhamento na construção de uma Escola de Qualidade.

Engrandecendo o Movimento Associativo de Pais, do qual honradamente fazeis parte, agradecendo toda a vida que tendes dedicado à causa dos nossos filhos, das nossa crianças e jovens, com todo o respeito e maior reconhecimento, subscrevemo-nos, com a mais elevada estima e consideração.

Pela FRAPAL
Presidente
Ana Vidigal

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

COMPETÊNCIAS BÁSICAS EM TIC

A CONFAP, em parceria com a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), realiza dosi tipos de cursos de formação em TIC direccionados aos pais e encarregados de educação, um de Iniciação, outro mais evoluído, com certificação de Competências Básicas em TIC.


Módulo I - Trata-se de um curso de 12 horas, a custo reduzido, constituído por formação em introdução ao Windows, Word e Internet, com certificação DCB (Diploma de Competências Básicas em Tecnologias de Informação – ao abrigo do DL 140/2001, de 24 de Abril). Por competências básicas entendem-se 'noções de ambiente de trabalho, tratamento de texto, navegação na Internet e utilização de correio electrónico'.
»» Consulte o Plano de Formação ««

Módulo II - Para quem tem já conhecimentos elementares de ambiente de trabalho, tratamento de texto, navegação na Internet, e quer ampliar os seus conhecimentos para um nível superior, pode frequentar o curso do Módulo II, com duração de 20 horas cujo conteúdo pode ler nos seguintes anexos:

»» Consulte o Plano de Formação ««
»» Consulte o Folheto da Formação ««

O que se pede às Federações:
- Para esta formação, deverão as federações regionais/distritais e concelhias, candidatarem-se junto da Confap para coordenação das acções no terreno.
- Para a realização desta formação, as federações, em parceria com as associações de pais, têm de assegurar local para se realizar a formação, preferencialmente nas salas TIC das escolas.O que se pede às Associações de Pais:
- Divulgar o programa junto da comunidade educativa e sensibilizar pais, encarregados de educação e suas famílias, em especial aqueles que se deparam com maiores dificuldades de acesso às TIC, ou poucos conhecimentos nesta matéria, para a obtenção do Diploma de Competências (para além de vantagens profissionais, incentiva ao desenvolvimento de novos conhecimentos em TIC);
- Garantir a disponibilização de instalações com equipamento informático;(Nota: neste projecto poderemos fazer parcerias com outras entidades da comunidade educativa, caso de escolas e autarquias, nomeadamente, para se disponibilizarem graciosamente salas que disponham de computadores para a realização das acções).
- Recolher inscrições. Compete à CONFAP e à FDTI:
- Calendarizar os cursos, em estreita ligação com as federações e/ou associações; disponibilizar material didáctico, certificadores e/ou formadores e material pedagógico de suporte; ministrar a formação/certificação. Os candidatos à formação beneficiarão das seguintes condições preferenciais: a) Turmas reservadas e horários próprios; b) Formação e teste de certificação.

Pais querem escolas do 1.º ciclo abertas doze horas por dia e dizem que ME já deu luz verde

Algumas escolas do 1.º ciclo do ensino básico vão estar de portas abertas entre as 7h30 e as 19h, ainda este ano lectivo. A informação foi avançada por Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), segundo o qual o Ministério da Educação (ME) já deu luz verde para avançar com este alargamento de horário.

Ao PÚBLICO, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, disse apenas que o ME está "disponível para estudar a questão", mas Albino Almeida garante que a proposta anda há um ano a ser negociada e que o ministério "sinalizou a sua disponibilidade para avançar com o modelo".

O objectivo, segundo o responsável da Confap, "não é transformar as escolas em armazéns de crianças". Nem sequer reforçar a carga lectiva, roubando tempo para a brincadeira. "O que queremos é que as escolas funcionem numa lógica de centro educativo, deixando de estar exclusivamente centradas na instrução e com uma componente de apoio às famílias."

Na prática, o que a Confap propõe é que, entre as 7h30 e as 9h da manhã, as escolas ocupem as crianças com actividades lúdicas. As aulas deverão decorrer entre as 9h e as 15h30, com intervalo para almoço. A partir daquela hora e até às 17h30, decorrem as actividades de enriquecimento curricular, seguindo-se novo período de apoio à família "até às 19h ou 19h30". No período de férias lectivas, as escolas deverão igualmente assegurar actividades para as crianças.

Competirá às escolas definir as actividades a desenvolver, sendo que a proposta terá sempre que ser escrutinada. "Não aceitaremos propostas de mais Inglês ou mais Educação Física. Haverá um júri responsável e as propostas podem incluir canto coral ou folclore, visitas a museus, visionamento de filmes...", especificou o presidente da Confap, para quem se trata, aliás, de assegurar a sobrevivência da escola pública: "Esta coisa de despejar a matéria e depois esperar que, em casa, os pais tenham literacia suficiente e computadores para ajudar os filhos a perceber as matérias tem que acabar, porque o mundo mudou e as escolas têm que se adaptar." Claro que nenhum pai será obrigado a deixar o seu filho tanto tempo na escola. Aqueles a quem este prolongamento de horário e de oferta educativa convier terão de pagar uma quantia a definir consoante os rendimentos da família.

O investigador Manuel Sarmento, do Instituto de Estudos da Criança, não vê inconvenientes neste alargamento de horários. Desde que "o acompanhamento das crianças para lá do tempo lectivo seja fruto de um trabalho de articulação com a comunidade e não se centre demasiado nos interesses dos pais". E "porque é importante respeitar a autonomia das crianças", estas terão que "ter espaço dentro da escola para exercer as suas decisões".
em

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Professores não entregaram objectivos

O prazo para entrega dos objectivos individuais pelos docentes, para que sejam avaliados, terminou na sexta-feira, dia 30, na maioria das escolas, mas os movimentos associativos estimam que milhares de professores não o tenham feito.


O balanço dos professores que entregou a declaração de objectivos só será feita na próxima semana pelos movimentos independentes e sindicatos do sector, dado que em algumas escolas o prazo foi alargado até meados de Fevereiro.

Mário Machaqueiro, da Associação de Professores em Defesa do Ensino, considera que 'a realidade é muito heterogénea de escola para escola', salientando que 'até na mesma região há escolas onde apenas dois docentes assumiram essa decisão, noutra vizinha foram 14 e ainda outras onde o próprio Conselho Directivo assumiu a suspensão do processo'. Mas, continuou o dirigente, 'a sensação que temos é que, no cômputo geral do país, alguns milhares de professores não entregaram os objectivos'.

Um dos professores que não entregou a declaração de objectivos foi mesmo o dirigente do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores, Ilídio Trindade, que registou 'a angústia das pessoas que tiveram de tomar uma decisão que não era de consciência livre, mas porque sobre elas pendiam ameaças'.
C.M.

O Papel dos Manuais Escolares na Relação Aluno-Escola-Família

Os manuais escolares podem constituir à partida um importante instrumento facilitador da relação entre a família e a escola, entre a aula e a casa de cada educando, entre os professores e os encarregados de educação. Acontece que, todavia, não abundam os estudos que especificamente abordem este fenómeno e que, com os seus resultados e interpretações, possam ajudar todos os actores da comunidade escolar e agentes implicados na sua produção a potenciar a sua utilização. Optou pois o ORE – Observatório dos Recursos Educativos associar-se à Confap para, desta vez, privilegiar a auscultação dos encarregados de educação e dos próprios alunos, valorizando assim objectivamente o seu protagonismo e importância.

Agradece-se antecipadamente a colaboração prestada e o apoio que os encarregados de educação possam prestar aos alunos mais novos no preenchimento do inquérito que lhes é especialmente destinado.

Os resultados serão amplamente divulgados, previsivelmente até ao final do mês de Fevereiro, no sítio do ORE (www.ore.org.pt), no sítio da CONFAP (www.confap.pt), e junto da comunicação social.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ministério quer recrutar professores reformados para trabalho voluntário nas escolas

O Ministério da Educação (ME) pretende recrutar professores reformados para, em regime de voluntariado, colaborarem no apoio aos alunos nas salas de estudo, em projectos escolares ou no funcionamento das bibliotecas, entre outras actividades.

Segundo um projecto de despacho do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, as escolas definem no início de cada ano lectivo as suas necessidades, estabelecendo o perfil dos candidatos a recrutar e elaboram um programa de voluntariado.

O programa tem a duração de um ano lectivo, sendo renovável por iguais períodos de tempo. O trabalho do professor voluntário implica um mínimo de três horas por semana.

No final de cada ano lectivo, os professores voluntários elaboram um relatório anual da sua actividade, no qual deve constar uma autoavaliação.

Para a coordenação do trabalho voluntário será criada ao nível de cada Direcção Regional de Educação uma estrutura própria.

As áreas de intervenção do professor voluntário incluem ainda o apoio à formação de professores e pessoal não docente, o planeamento e realização de formação para pais, o apoio a visitas de estudo e o envolvimento em projectos de melhoria da sociedade local.

No texto do projecto de despacho, o secretário de Estado da Educação afirma que o "trabalho dos docentes aposentados será uma actividade assente no reconhecimento das suas competências científicas, pedagógicas e cívicas, exercida de livre vontade, sem remuneração, numa prática privilegiada de realização pessoal e social".

Medida "economicista"
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) já criticou a iniciativa do Governo, afirmando que aquelas actividades "deveriam ser da responsabilidade dos professores no activo", com os quais, no entanto, as escolas "não podem contar". Por outro lado, afirma que a medida "economicista" poderá "remeter para o desemprego jovens professores".

"Não se questiona das actividades que são referidas (...), discorda-se é que, para as desenvolver e assumir em pleno, o ME, em vez de criar as indispensáveis condições às escolas dotando-as dos recursos que lhe fazem falta, pretenda, através do trabalho gratuito dos docentes aposentados, substituir aqueles que nelas deveriam ser colocados", critica a Fenprof.

Em comunicado, a estrutura sindical afirma que este voluntariado não deverá conseguir muitos adeptos, uma vez que "um dos motivos de afastamento de muitos professores aposentados" das escolas é "a natureza e o rumo da política educativa do Ministério da Educação".

O projecto de despacho foi remetido para o Conselho das Escolas, tendo em vista a emissão de um parecer, e para as Direcções Regionais de Educação. A Lusa tentou sem sucesso contactar o presidente deste órgão consultivo do Ministério da Educação, Álvaro Almeida dos Santos.

Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, reagiu às críticas da Fenprof afirmando que "a lei do voluntariado não permite substituir os profissionais por voluntários" e que aquela proposta, "que por enquanto não passa disso mesmo", frisou, "foi apresentada ao Ministério por um grupo de professores aposentados".
Lusa

Aluno morde professora

Uma professora de uma escola de faro foi agredida à dentada por um aluno, de 10 anos. A docentevai apresentar queixa nos próximos dias.


A professora Ana Lares, docente de Inglês há 33 anos e a trabalhar no agrupamento de escolas do 1º, 2º e 3º ciclos da escola Neves Júnior, em Faro, disse ter sido mordida num braço quinta-feira, depois de um desacato provocado pelo aluno durante uma aula de estudo acompanhado, segundo avança a imprensa de hoje.

Depois da agressão, o estudante foi levado ao Conselho Executivo da escola, mas não estava presente nenhum responsável, e a professora pediu então a presença no local da PSP, tendo um elemento da Escola Segura estado nas instalações 15 minutos depois para registar a ocorrência.

A professora tem agora um prazo legal de seis meses para apresentar queixa e assegurou que vai fazê-lo nos próximos dias.
C.M.

Governo atribui às novas ofertas educativas redução de quase 60 por cento dos professores desempregados

O Governo atribui a diminuição dos professores inscritos nos centros de emprego ao aumento da eficiência do recrutamento, ao alargamento das ofertas educativas, nomeadamente cursos de formação e profissionais, e à implementação da chamada escola a tempo inteiro.

O número de professores inscritos nos centros de emprego passou de 12.877 para 5521 entre Dezembro de 2005 e Dezembro de 2008, o que representa uma diminuição de 57,1 por cento, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

“Por um lado, aumentámos a eficiência do sistema educativo através de um recrutamento mais cuidado dos professores em relação às verdadeiras necessidades, ao mesmo tempo que expandimos as ofertas educativas de alguns sectores”, afirmou à agência Lusa o secretário de Estado da Educação.

Valter Lemos referia-se ao “enorme” aumento dos cursos profissionais no ensino secundário, dos cursos de educação e formação no básico, as actividades de enriquecimento curricular no primeiro ciclo (no âmbito da escola a tempo inteiro), “que criaram cerca de 15 mil postos de trabalho”, e a criação dos centros novas oportunidades.

Por outro lado, Valter Lemos garante que a esmagadora maioria dos docentes que deixaram de estar inscritos nos centros de emprego foram absorvidos pelo sistema educativo, admitindo, no entanto, “um ou outro” professor que possa estar a trabalhar numa actividade não relacionada com o ensino.

Estavam inscritos em Dezembro de 2005 nos centros de emprego 9148 docentes do 2º e 3º ciclos do ensino básico, secundário e superior, mas passados três anos o número caiu para 2671, menos 70,8 por cento.

O secretário de Estado sublinhou ainda a “renovação” que se tem verificado no corpo docente. Em 2005, acrescentou, mais de metade dos professores estavam nos últimos três escalões da carreira docente e muitas aposentações acabaram por ser aceleradas com a lei que permitiu a antecipação das reformas da administração pública.

Valter Lemos lembrou ainda que o objectivo central das políticas do Ministério da Educação “não pode ser reduzir ou aumentar o desemprego”, mas sim “responder da melhor forma possível às necessidades de educação dos alunos”.

Os sindicatos consideram que a diminuição do número de professores inscritos nos centros de emprego “não reflecte verdadeiramente” o desemprego docente, já que muitos podem estar a trabalhar em áreas não relacionadas com o ensino, entre outros motivos.

“O facto de ter diminuído o número de professores desempregados registados nos centros de emprego não significa necessariamente que estes docentes foram absorvidos pelo sistema educativo”, afirmou à agência Lusa João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE).

Para o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, os dados também “não reflectem verdadeiramente” o desemprego entre a classe, já que muitos jovens com formação para serem docentes acabam por aceitar empregos noutras áreas, quando não conseguem uma colocação, de forma a garantirem um salário.

“Encontramos muitas pessoas com formação para a docência a trabalhar em caixas de supermercado. Obviamente, não podem estar inscritos nos centros de emprego e desaparecem das estatísticas do desemprego docente”, sustenta o dirigente da FNE.
Lusa

sábado, 31 de janeiro de 2009

A nova Biblioteca Digital Camões

O objectivo da BD é «oferecer aos portugueses e ao mundo em geral um grande repositório de cultura portuguesa», fácil e livremente acessível em linha aos utilizadores do CVC, muitos dos quais residentes fora de Portugal, e ao grande público, no âmbito da missão do IC.

A BD do IC surge como mais diversificada, incluindo textos literários (romances, contos e poesia), textos académicos (nomeadamente teses apresentadas em universidades estrangeiras no âmbito dos Estudos Portugueses), textos sobre arte, ensaios de diversa natureza e pautas de música portuguesa dos séculos XIX, XX e XXI. No futuro, a BD pretende também vir a incorporar obras em voz.

Os textos incluídos na BD serão fundamentalmente em Português, «mas não está pensada nenhuma limitação em termos de língua». «Podem existir alguns textos clássicos [gregos e latinos] traduzidos», disponíveis devido à sua importância.

Mais Informação sobre a Biblioteca em http://www.instituto-camoes.pt/encarte-jl/a-nova-biblioteca-digital-camoes.html


Visite a Biblioteca em : http://www.instituto-camoes.pt/cvc/conhecer/biblioteca-digital-camoes.html

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

DECLARAÇÃO DOS PROFESSORES DA ESCOLA SECUNDÁRIA D E BARCELOS

DECLARAÇÃO DOS PROFESSORES DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE BARCELOS

Os signatários, fazendo valer o seu direito à avaliação, de acordo com o estipulado pelo artigo 11, nº 1, do Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, comprometem-se a cumprir todas as funções que decorrem da sua actividade profissional, como sempre têm feito enquanto professores conscientes dos seus deveres para com os alunos e a comunidade educativa em geral. Consideram ainda que
1. O modelo previsto no Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro nunca reuniu condições de exequibilidade, tendo sido um factor determinante na degradação do relacionamento interpessoal no seio da classe docente e profundamente perturbador do clima escolar, com reflexos negativos, directos e indirectos, no processo de ensino e aprendizagem.

2. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado por força da introdução de diferentes despachos e emendas, nenhuma delas resultado de uma discussão aberta e participada com a classe docente, carecendo igualmente de uma avaliação científica objectiva.

3. É um modelo que estratifica a carreira artificialmente em professores titulares e professores não titulares, sem qualquer fundamento de ordem profissional, ética e pedagógica, não correspondendo a qualquer diferenciação funcional.
Pelo exposto, reiteram a sua intenção de ser avaliados, mas nunca por este modelo, mesmo numa versão que se limita a simplificar o acessório, mantendo os aspectos essenciais mais gravosos. Neste sentido, declaram a sua intenção de não apresentarem os seus objectivos individuais.

Açores - Concurso de Pessoal Docente para o Ano Escolar 2009/2010

O Concurso Interno e Externo e para Contratação Centralizada para Pessoal Docente na Região Autónoma dos Açores decorre dos dias 28 de Janeiro até 10 de Fevereiro de 2009.

IMPORTANTE: Existe um problema com o certificado de segurança com o Web site da Secretaria Regional de Educação dos Açores, se o seu computador apresentar uma janela informando que "o certificado de segurança apresentado não foi emitido por uma autoridade de certificação fidedigna". Clique na segunda opção opção "Prosseguir para o Web site (não recomendado)". Clique aqui para visualizar uma imagem do problema.
Veja também a Calendarização prevista.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

RESISTÊNCIAS: BARREIRO / MOITA

REUNIÃO PROFS. BARREIRO/ MOITA
RESOLUÇÃO

Considerando que, em democracia, as leis só são legítimas quando reconhecidas por aqueles a quem se aplicam, e a esmagadora maioria dos professores já demonstrou, em manifestações e greves massivas, que rejeita as medidas deste Ministério da Educação (ME), em particular o modelo de Avaliação de Desempenho Docente (ADD) e o ECD que nos foi imposto a partir de 19 de Janeiro de 2007;

Os professores e educadores, reunidos no Barreiro no dia 17 /Janeiro/ 2009 para analisar a situação da luta dos docentes contra o actual modelo de avaliação de desempenho e o ECD impostos pelo Ministério da Educação, decidem:

1. Afirmar a exigência de revogação do actual modelo de ADD, consubstanciado no dec. 2/ 2008 e subsequentes decretos regulamentares, inclusive o dec. 1-A/2009 (“Simplex 2”);
2. Reafirmar as exigências de reposição da carreira única para os professores, do fim da prova de ingresso, de reposição de horários compatíveis com a especificidade da nossa profissão, de reposição das condições de aposentação do antigo ECD e de regulamentação de mecanismos para a vinculação dos professores contratados – o que implica a construção negociada de um verdadeiro ECD, incompatível com o actual “ECD da Ministra”;
3. Afirmar a exigência de revogação do decreto que regulamenta o novo regime de gestão, o qual irá acabar com o que resta da gestão democrática nas escolas, transformando os directores em meras correias de transmissão das directivas dos governos;
4. Apoiar a luta dos outros trabalhadores da Função Pública contra o novo sistema de vínculos e carreiras aprovado na Assembleia da República, que irá ter inevitáveis repercussões também na nossa carreira, no sentido da sua acentuada precarização;
5. Apoiar as tomadas de posição dos professores das escolas do concelho e do país que reafirmaram, neste 2º Período, a decisão de não entregarem os objectivos individuais no quadro da ADD do ME;
6. Apoiar a posição dos Conselhos Executivos reunidos em Santarém no dia 10 de Janeiro, de rejeição do actual modelo de ADD, incluindo o “Simplex 2”;
7. Apoiar todos os professores que, em condições extremamente difíceis, nomeadamente de oposição dos órgãos de gestão das suas escolas, afirmam ou mantêm a decisão de não entregarem os seus objectivos individuais;
8. Apoiar activamente e mobilizar-se para a greve de 19 de Janeiro, convocada pela Plataforma Sindical;
9. Apoiar activamente e mobilizar-se para a manifestação de dia 24 de Janeiro frente à Presidência da República, convocada pelos Movimentos de Professores;
10. Apoiar a decisão dos professores de Beja, de realização de uma Marcha Nacional da Educação convocada pela Plataforma Sindical, Associações de Pais e as centrais sindicais, CGTP e a UGT.


Decidem ainda:
11. Apelar a que as direcções da CGTP e da UGT declarem publicamente o seu apoio à luta dos professores e discutam com a Plataforma Sindical a iniciativa da Marcha Nacional pela Educação proposta pelos colegas de Beja;
12. Apelar a que os Conselhos Executivos dos concelhos do Barreiro e Moita se reunam, para analisarem as condições em que o ME pretende fazer deles os aplicadores do seu modelo de ADD, nomeadamente por via do dec.1-A, sobrecarregando-os com tarefas burocráticas incompatíveis com uma gestão minimamente pedagógica;
13. Apelar a que as direcções sindicais da Plataforma apoiem activamente, inclusive a nível jurídico, os professores que, nas suas escolas, se vêem impossibilitados de reunirem e discutirem a ADD devido à oposição dos respectivos CEs; sugerimos que os responsáveis sindicais promovam reuniões com esses colegas, se necessário fora das suas escolas;
14. Saudar as posições de várias Assembleias Municipais e Sindicatos de apoio à luta dos professores; apelar a que as Assembleias Municipais do Barreiro e da Moita, assim como as organizações sindicais representadas no nosso concelho, tomem a mesma posição;
15. Constituir-se em Comissão Inter-escolas do Barreiro/ Moita.



Aprovada por unanimidade (cerca de 80 professores presentes)

Escolas ainda esperam chegada dos 'Magalhães'

As entregas dos Magalhães estão abaixo das expectativas dos pais e das escolas, apesar de o Governo garantir que estão a ser entregues sete mil computadores por dia. Segundo o Ministério da Educação, dos 300 mil pedidos, 120 mil chegaram ao destino.

Agrupamentos contactados avançam que os números dados pelo ministério não têm correspondência no terreno, onde muitas escolas ainda não receberam os aparelhos, enquanto outras só agora o começaram a fazer. Os estabeleci- mentos do concelho da Guarda, por exemplo, só há uma semana começaram a receber os Magalhães. Só o Agrupamento de Escolas de Sequeira, o primeiro daquela zona do País a receber os computadores, teve 245 pedidos. "Só 21 alunos não requisitaram o Magalhães, mas até agora recebemos apenas 60. A primeira remessa de 40 chegou na quinta-feira da semana passada, e os outros 20 chegaram esta semana, o que é insuficiente para a procura", reconhece José Grilo Santos, presidente do agrupamento.

Ainda na zona centro, Eduarda Carvalho, presidente do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares, reconhece que as entregas redobraram nos últimos dias, mas ainda assim são insuficientes. "Há mesmo escolas do agrupamento que ainda não receberam os Magalhães, embora outras já tenham recebido todos." Para António José Ganhão, da Associação Nacional de Municípios, "a expectativa criada pelo programa não tem tido resposta nas entregas".

Problema que o Ministério das Obras Públicas e das Comunicações - que divide com a tutela da Educação a responsabilidade pelo programa - atribui a problemas burocráticos. "Falhas de comunicações entre as operadoras e as escolas que já foram resolvidas", garante João Morgado Fernandes, assessor do ministério. A partir de ontem, os mais de 50 mil alunos do básico de escolas privadas e cooperativas também podem inscrever-se para receber o Magalhães. Até Fevereiro, o Ministério da Educação espera ter concluído o processo de inscrição e espera concluir o programa e-escolinhas até à Páscoa.
PEDRO VILELA MARQUES

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Concursos - Informações

• As escolas receberam, da DGRHE, um mapa provisório sobre vagas do respectivo quadro, onde consta a distribuição dos seus professores, sendo um quadro da categoria de professor e outro quadro da categoria de professor titular. Neste mapa é dada a indicação da distribuição dos docentes por índices de vencimentos, do número de alunos e do orçamento anual da respectiva escola;
• O concurso continuará a ser nas modalidades de Interno e Externo. Para as necessidades transitórias, haverá o concurso nacional, a ocorrer em Agosto (1º momento) e a Bolsa de Recrutamento (2º momento), a ocorrer entre Setembro e Dezembro.

É primeiro objectivo destas fases garantir a colocação dos professores do quadro sem componente lectiva e dos Professores dos QZPs não colocados no concurso interno.

Será também, o momento da colocação dos professores sem componente lectiva (horário zero), dos professores candidatos a condições específicas e para aproximação à residência.




Critérios para graduação profissional
– para este concurso os critérios serão os mesmos dos anos anteriores (tempo de serviço e classificação profissional); para os próximos anos, o tempo de serviço só contará se a avaliação for de BOM, tendo as menções de EXCELENTE e MUITO BOM as pontuações que constam na última proposta do Ministério da Educação.




Quadros de Agrupamento
– este próximo concurso de 2009 é já realizado para quadros de agrupamento.




Integração nos Quadros de Agrupamentos
Os Professores dos Quadros de Escola serão automaticamente integrados nos Quadros de Agrupamento ou Escola não agrupada. Ficam a exercer funções na escola onde estão este ano colocados.
Se quiserem mudar de quadro, terão de ser opositores ao concurso;
- Os professores colocados entre 2006/2008 em consequência da fusão, extinção e reestruturação de Escola ficarão no quadro de agrupamento e a exercer funções na escola onde estão colocados; se quiserem mudar de quadro terão de ser opositores a concurso.
- Os Professores dos QZPs terão de concorrer. Poderão fazê-lo apenas às escolas (agrupamentos) do seu QZP.
Caso não sejam colocados, não serão incluídos na Bolsa de Recrutamento para colocação. Irão, assim, para a mobilidade. Se forem opositores às escolas (agrupamentos) do seu QZP e a outro(s) QZPs, serão colocados dentro das suas preferências e integrarão, até obterem colocação, a Bolsa de Recrutamento
Os professores de QZPs que não obtenham colocação continuarão a pertencer ao QZP. Estes quadros serão extintos à medida que forem vagando.
- Os Professores de Educação Especial poderão ter serviço distribuído noutro agrupamento ou agrupamento de concelho limítrofe.
- Os Professores colocados pelo concurso externo poderão ter serviço distribuído em qualquer escola do quadro do agrupamento com critérios a definir pela escola.




Necessidades Transitórias
- São necessidades anuais que dependem das matrículas dos alunos
1º momento de colocação nacional – Agosto
2º momento de colocação (Bolsa Recrutamento) – Setembro a Dezembro




Contratos
- Só haverá lugar a contratação quando não houver professores dos quadros, por colocar;
- Só poderão concorrer professores com habilitação profissional;
- Os alunos finalistas, bem como os que estão a fazer a formação em serviço, não terão época especial para concurso. Só poderão concorrer ao concurso de 2010/11.
- Os professores de Técnicas Especiais ficarão no QZP onde estão colocados. Não serão opositores a este concurso;
- Os professores colocados nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira poderão concorrer, tal como o fizeram nos concursos anteriores;
- Os professores de Português no Estrangeiro concorrerão de acordo com a situação que têm, ou no lugar de quadro de escola ou no lugar de QZP.




Processo de Transferência de Professores Titulares
Podem concorrer para Agrupamento de Escolas ou Escola não Agrupada onde ficaram vagas por preencher no concurso de 2007 os professores com a categoria de professor titular.




Critérios para transferências
- Pontuação obtida no concurso de acesso à categoria de professor titular;
- Para os professores titulares de concurso extraordinário, será feita a graduação de acordo com os critérios do concurso de 2007;
- As escolas poderão indicar os grupos a que os professores titulares estão interessados a candidatar-se;
- Em princípio só os professores candidatos terão acesso às vagas a concurso quando entrarem na candidatura.




Prazos
Concurso normal – dependente da publicação do novo diploma de concursos. Em principio até final de Fevereiro.
Transferência Professores Titulares – dependente de publicação de Despacho que poderá ocorrer na próxima semana.
SPZN

Petição à Ministra da Educação organizada por P ais eEncarregados de Educação

Petição à Ministra da Educação organizada por Pais eEncarregados de Educação - p.f reencaminha para o maior nº de contactos.


Petição à Ministra da Educação organizada por Pais e Encarregados de Educação

A situação a que chegámos é talvez o culminar da "tomada de assalto" das escolas pela burocracia e pelas elites que fomos criando em muitos anos de políticas educativas atípicas para a própria condição humana. Ela reflecte bem o estado geral da educação em Portugal, e não augura nada de bom se não ponderarmos o rumo em que estamos lançados. Várias ameaças pairam sobre a educação nacional neste momento, sobre as quais tecemos as seguintes considerações:

a) Avaliação dos professores

Afirmamos a necessidade de um sistema de avaliação de desempenho, tanto para os professores como para as escolas enquanto instituições colectivas. A avaliação não é uma questão laboral mas sim uma questão educativa de fundo e uma indispensável ferramenta estratégica para a melhoria de competências e práticas pedagógicas e científicas, e para garantia da qualidade das aprendizagens.

Em consciência, não podemos concordar com sistemas de avaliação "fast-food", criados à luz de critérios economicistas, sem quadros independentes, formados e especializados na problemática educativa, e sem critérios e objectivos de longo prazo devidamente estabelecidos. É imperativo saber o que queremos da escola moderna e dos novos professores para saber o que vamos avaliar.

Consideramos prejudicial aos interesses dos nossos filhos e do futuro do país, um sistema de avaliação que visa pressionar o professor a facilitar a avaliação dos alunos. Os nossos filhos merecem uma preparação efectiva e não meramente estatística.As estatísticas de sucesso podem servir para abrilhantar relatórios, mas não servem os interesses dos nossos filhos nem o futuro do país.


b) O estatuto do aluno - em particular o novo regime de faltas

Não podemos concordar com o abandono de valores culturais essenciais para a formação do carácter individual e colectivo de uma sociedade de sucesso. Rigor, esforço, dedicação, dever, responsabilidade e disciplina estão cada vez mais longe da escola.
Consideramos uma grave subversão dos valores que a escola transmite quando se trata por igual situações que são antagónicas, premiando a irresponsabilidade e prejudicando o empenho. Não há sensação de justiça quando se equipara uma falta por doença ou motivo justificativo a uma simples "balda" ou "gazeta".
Acreditamos numa escola humanista, tolerante e geradora de solidariedade que seja capaz de dar todas as oportunidades a todos os alunos. Mas a escola nunca o será verdadeiramente se não for capaz de premiar a competência, reconhecer o esforço, e censurar o desleixo.
Apelando à serenidade e a meios de expressão em que prevaleça o respeito pela ordem pública e pela diferença de opinião, prestamos a nossa homenagem, admiração e solidariedade ao movimento estudantil e às associações de estudantes onde, afinal, o espírito crítico ainda sobrevive. É para nós um desejo que as novas gerações possam ser mais pró-activas (e menos passivas) no uso e reivindicação do seus direitos, liberdades e garantias, numa cultura de intervenção cívica própria das sociedades mais desenvolvidas.
Lamentamos profundamente e recusamos quaisquer atestados de menoridade ou de incapacidade crítica, implícitos nas insinuações de que os nossos filhos estão a ser manipulados. Aos que as fazem, lembramos as palavras de Epicleto: "Não devemos acreditar na maioria que diz que apenas as pessoas livres podem ser educadas, mas sim acreditar nos filósofos que dizem que só as pessoas educadas são livres".


c) Apelamos a um debate nacional, e a uma reflexão profunda

Em tempo de mudança, de uma Sociedade da Informação que se quer transformar em Sociedade do Conhecimento, da velha pessoa "reactiva" para a nova pessoa "pró-activa", que seja um verdadeiro agente de transformação, capaz de construir conhecimento, que aluno é que queremos?
Em tempo de mudança, dos velhos sistemas analógicos para a era digital, em que jovens teclam tão rápido num telemóvel ou num computador e em que nos habituámos a ver o mundo em mudança rápida e permanente até ficar bem diferente poucos anos depois de se ter iniciado o percurso escolar; que professor é que queremos?
Em tempo de mudança, o que é mais importante: traçar um perfil novo para o professor, o educando e as aprendizagens e acompanhar com uma avaliação honesta, sensata e rigorosa, ou avaliar sem se saber o que se está a avaliar porque não se sabe o que se quer? Que escola é que queremos?
Queremos a escola que Kant nos descreve, quando afirma "É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias"?
Ou acreditamos em Tucídides, quando afirma "Não pensem que um ser humano possa ser muito diferente de outro. A verdade é que fica com vantagem quem tiver sido formado na escola mais rude"?

d) Afinal, o que é que queremos construir?! Afinal, o que é que queremos avaliar?! Resignamo-nos à mediocridade, à falta de meios, à falta de ambição?

A maior derrota é perder a capacidade de reflectir. Perder a oportunidade de parar para pensar, para dialogar. Essa perda afecta o homem e a sociedade no seu último elo: a sociabilidade.
Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir ao desaparecimento das ciências sociais e humanas dos currículos educativos. À luz daquilo em que se transformou a política - discursos e estatísticas - esta acabou por transformar a educação em Português e Matemática.
Como afirmou o reconhecido académico António Damásio, "(...) o ensino das Artes e das Humanidades é tão necessário quanto o ensino da Matemática e das Ciências,(...) Ciência e Matemática, por si, são insuficientes para formar cidadãos".

Não admira pois que alguns titulares de órgãos de soberania tenham "fracos índices de cultura social". São já fruto de políticas educativas avessas à própria condição de cidadania. Não mudemos nada, e imaginem como serão aqueles que nos governarão amanhã.
Resta-nos a esperança de que com o novo modelo de gestão, as escolas passem a responder perante a comunidade e não perante o sistema. Resta-nos a convicção de que com o reforço do peso dos pais e outros elementos da comunidade na gestão das escolas possamos, em conjunto com os professores e os nossos filhos, mudar um destino fatal.
Assim, e pelo exposto, os Pais e Encarregados de Educação abaixo assinado, requerem a Sua Ex.a a Ministra da Educação:

1. A suspensão do Decreto-Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, que regulamenta o regime de avaliação de desempenho do pessoal docente do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário;
2. A urgente abertura de um processo negocial, que promova um amplo debate nacional e uma reflexão séria sobre os objectivos nacionais a atingir através das políticas educativas;
3. A abertura de um processo de revisão da lei 3/2008 de 18 de janeiro, que aprova o Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário, de forma a consagrar princípios de justiça e uma cultura de empenho, rigor, esforço e exigência na vida escolar dos nossos filhos e futuros pais, líderes e garantes deste país.
Os abaixo-assinado:
Subscreva esta petição em http://www.petitiononline.com/minedupt/petition.html

Mãe ameaça professora com navalha

A mãe de uma aluna da Escola José Ruy, na Reboleira, concelho da Amadora, ameaçou com uma navalha uma professora do estabelecimento, tendo de ser afastada do recinto por elementos da Escola Segura da PSP.

O caso ocorreu na semana passada, quando a mãe da menina de seis anos foi falar com elementos docentes da escola e acabou por ameaçar uma professora com uma arma branca de pequenas dimensões. A ocorrência levou à chamada de elementos da Escola Segura que, quando chegaram ao local, encontraram a mulher mais calma.

A Polícia identificou a mãe da criança e elaborou um auto de notícias das ameaças e tentativa de agressão.

Segundo um funcionário da instituição, a aluna, que frequenta o 1.º ano do primeiro ciclo do ensino básico na referida escola - que está integrada no Agrupamento Dr. Azevedo Neves - estava já sinalizada pela Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e manifestava um comportamento agressivo para com os colegas e funcionários.

O episódio deixou os professores e funcionários da escola perplexos e com medo. A PSP já reforçou a segurança no local.

A maioria dos alunos este estabelecimento de ensino vive com dificuldades económicas graves e em condições de vidas e estruturas familiares deficitárias, segundo um Projecto Educativo do agrupamento a que pertence.
C.M.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

«Jugulai» a senhora ministra!


Janeiro 8, 2009


«Jugulai» a senhora ministra!
8 de Janeiro de 2009 por Ricardo Santos Pinto
Sei que muitos professores nos lêem. Ainda não temos os leitores do «Umbigo», mas lá chegaremos.
É para eles este texto.
Com todo o respeito, chegou a hora de «decapitar» a senhora ministra. «Jugulai-a» de vez! É agora ou nunca. Mesmo que hoje em dia já não seja ministra de nada, que simbolicamente tenha morrido há muito, a carcaça do simbólico cadáver, com o devido respeito, continua por aí. Envergonhada. Escondida. Inexistente. Fantasmagórica. Mas continua por aí.
É preciso, pois, dar a estocada final.
Chega de humilhações públicas. Chega de maus-tratos constantes. Chega de todo um programa que só visou partir a espinha da classe docente.
Não partiu, reforçou-a. Conseguindo transformar pequenas reuniões de professores em mega-manifestações de 25 mil pessoas. De 100 mil. De 120 mil. Conseguindo adesões de 90% a greves habitualmente pouco concorridas. Conseguindo unir uma classe tradicionalmente pouco activa.
Afinal, o que é que está em questão? Sinceramente, já não interessa. Foram anos a ouvir que «quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!» (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008); que «vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos» (Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008); que «caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil» (Jorge Pedreira, Novembro/2008); que "admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública" (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006); que
«[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!» (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008).
No que me diz respeito, estou completamente à vontade. Na blogosfera em geral, no meu blogue e no «5 Dias», já disse o que tinha a dizer sobre a senhora ministra, já fiz as críticas e já propus as alternativas. Percebo mais destas coisas do que a senhora ministra, que, à excepção dos anos em que fez o Curso do Magistério para poder ser professora primária com o 9.º ano, nunca entrou numa sala de aulas. Nunca teve trinta miúdos problemáticos à sua frente. Nunca se viu entregue à sua própria sorte. Nunca foi insultada olhos nos olhos.
A senhora ministra não aguentava uma semana.
Por isso é que digo que, chegados a este ponto, nada interessa. Mil propostas pode a senhora ministra fazer e mil propostas os professores recusarão. Pode a senhora ministra cobrir-se de ouro que os professores irão ver não mais do que latão.
É a guerra. A guerra total. E, por mais que digam, não há maneira de salvar a face das duas partes. Não há. Ou os professores ou a senhora ministra.
Quanto aos professores, nada têm a perder. Após uma campanha de intoxicação da opinião pública de quatro longos anos, os portugueses continuam a confiar muito mais nos professores (42%) do que nos políticos (7%). E os alunos confiam nos seus professores. É o que interessa. Podem ameaçar com processos disciplinares e com tudo o que quiserem - todos sabem que a lei nada prevê para quem não entregar os objectivos individuais.
Mas se os professores não têm nada a perder, já os senhores da governação estão aflitos. Há eleições daqui a cinco meses e aquela gente, que nunca fez mais nada na vida, não sabe viver sem o poder. Adoece. Definha. Morre.
O exemplo vem de cima e a melhor escola pública do país, a Infanta D. Maria, de Coimbra, voltou a reunir e voltou a decidir que o processo de avaliação vai continuar suspenso. As 458 escolas e agrupamentos que já tinham decidido a suspensão da avaliação irão certamente reafirmar a sua posição. Irão certamente manter a suspensão.
E no Sábado, na reunião dos Presidentes dos Conselhos Executivos, estou em crer que vai sair uma nova posição de força. De muita força. A demissão em bloco se necessário for. E os professores, acredito, sairão em socorro dos seus Presidentes.
Chegou a altura de acabar com isto de uma vez por todas. Antes que os alunos saiam prejudicados. Antes que isto se torne completamente ingovernável.
Os próximos dez dias serão decisivos. Os professores vencerão se não se amedrontarem. Se continuarem unidos. «Há momentos em que a única solução é desobedecer», disse em Abril de 74 aquele que nunca quis cargos. Nem poder. Nem dinheiro. E que pagou por isso. Sigam o seu exemplo.