sexta-feira, 11 de junho de 2010

Conteúdo - Tectónica de Placas 3


Como, durante os anos das décadas de 1950 e 60, foram sendo traçados mais mapas das anomalias magnéticas dos fundos oceânicos, logo mais informação, ficou provado que as variações magnéticasnão eram aleatórias mas obedeciam a padrões determinados. Quando estes padrões magnéticos foram traçados sobre grandes regiões, o fundo do oceano apresentou um padrão do tipo “zebra” (Ver figura da página anterior-formação da banda de anomalias magnéticas-). As bandas alternas de diferente polaridade magnética estavam colocadas, do lado de fora, em faixas, de um e do outro lado da crista médio-oceânica (meso-oceânica): uma faixa com polaridade normal e a faixa adjacente com polaridade invertida. O teste padrão total, definido por estas faixas alternadas de rocha magnetizada com polarização normal e inversa, tornou-se conhecido como o “listado” magnético.
A descoberta do “listado” magnético alertou, naturalmente, para mais perguntas: como se forma o teste padrão magnético do “listado”? E por que são as faixas simétricas em torno das cristas ou dorsais médio-oceânicos? Estas perguntas não poderiam ser respondidas sem se saber o significado destas dorsais. Em 1961, os cientistas começaram a teorizar sobre a estrutura das zonas das dorsais da crista médio-oceânica onde o fundo oceânico era rasgado em dois, longitudinalmente, ao longo da crista. O magma novo, proveniente de grandes profundidades da terra, subia facilmente, ao longo destaszonas de fraqueza, e era expelido ao longo da crista, criando uma crusta oceânica nova. Este processo, operando durante muitos milhões de anos construiu o sistema de 50.000 quilómetros ao longo das cristas ou dorsais médio-oceânicos. Esta hipótese era suportada por diversas linhas da evidência(1) junto da crista, as rochas são muito novas, e tornam-se progressivamente mais velhas quando afastadas da crista; (2) a rocha, mais nova, junto à crista, tem sempre uma polaridade (normal) actual; e (3) as “listas” das rochas paralelas e simétricas à crista alternam na polaridade magnética (normal-invertida-normal, etc.), sugerindo que o campo magnético da terra se inverteu muitas vezes.
exp_fund_ocea
Modelo animado e simplificado da expansão do fundo oceânico.

idade da crusta oceânica atlântica

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conteúdo - Estrutura da Terra 3

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A partir dos dados obtidos de vários sismogramas, é possível traçar-se um gráfico, como o representado acima, que relaciona o tempo gasto pelas ondas sísmicas com a distância epicentral. A velocidade das ondas P e S aumenta com a distância ao epicentro e a velocidade da onda L mantêm-se constante. A velocidade média das ondas sísmicas não é constante. Para o caso considerado, aumenta com a profundidade (quanto maior é a distância epicentral, maior é a profundidade atingida pelas ondas sísmicas), o que significa que o meio de propagação, isto é, o interior da Terra não é homogéneo sob o ponto de vista das grandezas que influenciam a sua propagação.
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Os raios sísmicos, tal como os raios luminosos, sofremreflexão e refracção ao passarem de um meio para outro de características físicas diferentes. Para ângulos de incidência superiores ao valor do ângulo crítico, o raio sísmico só se reflecte. Para valores inferiores ao valor do ângulo crítico, o raio sísmico refracta-se e reflecte-se.
Em sismologia, à superfície de separação entre dois meios com propriedades físicas diferentes chama-sedescontinuidade.
As trajectórias das ondas P e S são curvilíneas. Como a Terra é heterogénea, admite-se que as ondas sísmicas atravessem meios com propriedades físicas diferentes.
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Esquema representando uma onda sísmica directa, reflectida e refractada.
Logo que um raio sísmico toca uma superfície, separando dois meios de propagação diferentes (superfícies de descontinuidade), reflecte-se e/ou refracta-se de modo que as suas trajectórias permitem, aos sismólogos, conhecer as características dos meios atravessados.
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Esquema representando possíveis comportamentos de uma onda P, numa superfície de descontinuidade, entre dois meios sólidos.
São precisamente estes fenómenos de reflexão e de refracção que explicam o facto de as ondas atingirem a superfície terrestre de modo desigual, originando para cada sismo umazona de sombra, isto é, uma zona onde não se propagam ondas P e S directas e, consequentemente, não se manifesta actividade sísmica.
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Esquema do trajecto das ondas sísmicas nas zonas mais superficiais da Terra.
As estações sismográficas AB e C, representadas no esquema, encontram-se a diferentes distâncias do epicentro de um mesmo sismo. Naturalmente é de esperar que as ondas cheguem primeiro à estação A, a mais próxima do epicentro, depois à estação B e, só depois, à estação C, que se encontra mais afastada. Em regra é assim que sucede. No entanto, nalguns casos, as ondas chegam primeiro à estação C. Tal só pode ser justificado admitindo que, ao atingirem determinada profundidade (na passagem do meio I para o meio II), a velocidade das ondas aumenta abruptamente, a ponto de percorrer em menos tempo um espaço maior.
Em 1909, em Zagreb na Jugoslávia, André Mohorovicic, notável geofísico, depois de complicados cálculos matemáticos chegou à conclusão que uma descontinuidade separa a crosta terrestre do que se encontra por baixo; este limite, denominado em sua honra descontinuidade de Mohorovicic, descontinuidade de Moho ou descontinuidade M, situa-se a uma profundidade média de 40 quilómetros. À zona situada abaixo dessa descontinuidade chamou-se manto. A descoberta de Mohorovicic permitiu seleccionar dados com interesse para o conhecimento da estrutura da Terra.
É de salientar que a profundidade da crosta (crusta) não é constante, variando entre os 5 e os 10 Km de espessura sob os oceanos, e entre os 20 e os 70 Km sob os continentes, sendo os valores mais elevados atingidos nas grandes cadeias montanhosas continentais.
A diferença de velocidade de propagação das ondas P nos oceanos (7 Km/s) e nos continentes (6 Km/s) permite considerar a crusta (crosta) subdividida em dois tipos: crusta continental e crusta oceânica. Esta variação da velocidade das ondas P ao longo da crusta deve-se à variação da sua composição - a crusta continental é constituída, essencialmente por rochas graníticas (d=2,7), enquanto que a oceânica é constituída, principalmente, por rochas basálticas mais densas (d=2,9).
terraios1.gif
Esquema mostrando as zonas de sombra assinaladas pelo comportamento das S e P à profundidade de 2900 Km (limite da zona representada a amarelo) e 5.150 Km (limite da zona representada a branco), bem como os diferentes estados físicos das sucessivas camadas concêntricas da Terra, deduzidos a partir das velocidades de propagação das ondas sísmicas.
Em 1906, o irlandês Oldham verificou que as ondas P registadas no pólo oposto ao epicentro de um sismo se encontravam atrasadas em comparação com as registadas nas proximidades do epicentro, propagando-se a 4,5 Km/s em vez dos 6,5 Km/s habitualmente observáveis. Oldham concluiu que "as ondas, penetrando a grande profundidade, atravessam um núcleo central composto por uma matéria diferente, que as transmite com menor velocidade". E, assim, admitiu-se pela primeira vez a existência de um núcleo, contudo, de dimensão desconhecida. Sete anos mais tarde, o alemão Beno Gutenberg consegue determinar a sua dimensão, depois de observar que, para cada sismo, existe um sector da superfície terrestre onde é impossível registar ondas sísmicas directas, isto é, ondas sísmicas que atingem a superfície terrestre sem sofrerem desvios na sua trajectória, que, no interior da Terra, é geralmente curvilínea. A esta faixa dá-se o nome de zona de sombra e a mesma situa-se a uma distância angular do epicentro compreendida entre os 105o e os 142o(103o e 143o); fazendo a conversão da distância angular em distância quilométrica, sobre a superfície terrestre, a zona de sombra de um sismo situa-se entre os 11.500 e os 14.000 Km de distância do epicentro. As estações sismográficas localizadas até 105o registavam a chegada das ondas P e Snos horários previstos; as estações situadas para além dos 142o do epicentro do sismo não registavam a chegada das ondas S (S sombra), e as ondas P (K) eram registadas com atraso em relação ao tempo previsto.
Gutenberg demonstrou que esta zona de sombra se deve a uma descontinuidade. A análise comparada de séries de sismogramas de diferentes estações sismográficas permitiu a Gutenberg calcular a profundidade desta descontinuidade - 2.900 Km. Por este facto, a esta fronteira que assinala o início do núcleo, dá-se o nome de descontinuidade de Gutenberg (no esquema acima representado corresponde ao limite da zona amarela).

Xadrez e Ensino


O Departamento de Matemática da Universidade de Évora em colaboração com a Delegação Regional do Sul e Ilhas da Sociedade Portuguesa de Matemática promovem pelo segundo ano consecutivo  a Acção de Formação "Xadrez e Ensino" a realizar em Évora, nos dias 19 e 26 Junho e 3 e 10 de Julho de 2010, no Colégio Luís António Verney.

Esta Acção de Formação está acreditada pelo Conselho Científico e Pedagógico da Formação Contínua, órgão do Ministério da Educação responsável pela acreditação das acções de formação contínua de professores, nos grupos de docência 230, do 2º ciclo do Ensino Básico, e 500 e 510, do 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário, e podendo ser acreditado posteriormente em outros grupos de docência.

Registo nº CCPFC/ACC-57805/09
Nº de créditos: 1,1



Contactos para Informações
Departamento de Matemática
Tele. 266 745 370, Fax: 266 745 393





Valores de inscrição
Inscrição até dia 14 de Junho, 40 euros





O valor da inscrição inclui as pastas do evento, coffee-breaks, tabuleiro de xadrez e, ainda, um livro de xadrez. O seu pagamento deve ser feito através de cheque cruzado, endossado à Universidade de Évora, o qual deve ser enviado, juntamente com a ficha de inscrição, para a morada seguinte:

Organização da Acção de Formação "Xadrez e Ensino"
Universidade de Évora
Departamento de Matemática
Rua Romão Ramalho, 59
7000-671 Évora

Uma cópia da ficha de inscrição deve também ser enviada para o seguinte endereço de email: xadrez10@uevora.pt
 Para obter algum esclarecimento adicional deverá contactar-nos através do email anterior.



terça-feira, 8 de junho de 2010

Avaliação na plataforma informática


Arrastar impasse no concurso e desrespeitar decisão do tribunal é irresponsável, alerta a FENPROF
O Ministério da Educação enviou às escolas, durante a noite de ontem, domingo, dia 6, um despacho da DGRHE que obriga as escolas que, há 1 ano, avaliaram os professores sem utilizarem a plataforma informática do ME, a fazerem-no durante o dia de hoje, 7 de Junho.
Convirá dizer que as escolas que calcularam as classificações à margem da referida “plataforma informática”, o fizeram por razões de rigor, pois o instrumento disponibilizado pelo ME era impreciso e arredondava as classificações, daí resultando a própria alteração da menção avaliativa. Exemplo:
- dois professores no intervalo do Bom, um com 7,4 outro com 7,5 viram arredondadas as classificações, respectivamente, para 7 (mantendo o Bom) e para 8 (passando a ter Muito Bom e uma bonificação no concurso).
Esta questão dos arredondamentos é das que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja considerou factor de desigualdade, sendo que, para milhares de docentes candidatos ao concurso, nem sequer a avaliação é considerada (por exemplo, os avaliados pelo SIADAP ou os que trabalharam nas Regiões Autónomas).
Conclui-se, então, que o Ministério da Educação, em vez de corresponder à Recomendação da Assembleia da República, às preocupações da Provedoria de Justiça e à decisão reafirmada do TAF de Beja, decide, irresponsavelmente, desenvolver procedimentos que, arrastando a suspensão do concurso por mais tempo, terão consequências no início do ano escolar, em Setembro, em todas as escolas.
Esta atitude obstinada do ME é irresponsável e, neste caso concreto, só serve para dar ainda mais trabalho às escolas num momento em que estas se encontram exacerbadas de trabalho com o encerramento do ano lectivo.
É inaceitável este comportamento do ME que desrespeita as escolas, os docentes, a Assembleia da República, a Provedoria de Justiça e o Tribunal. É mesquinha esta atitude de quem arrasta um problema apenas para “não dar o braço a torcer”. A Educação merece (muito) melhor!

Fenprof

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ministério diz que tribunal lhe reconhece «plena razão» nos processos de avaliação de professores

O Ministério da Educação informou hoje que lhe foi reconhecida «a plena razão» nos processos de avaliação do desempenho como parte do concurso de professores, depois de conhecida a sentença do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. 

Os sindicatos de professores interpuseram providências cautelares e intimações em vários tribunais administrativos para impedir que a avaliação constasse do concurso para o ano lectivo de 2010-2011, por considerarem que iria criar situações de injustiça.

A Assembleia da República aprovou em Maio, com os votos favoráveis de todos os partidos da oposição, um projecto de resolução do CDS-PP recomendando ao Governo que a avaliação de desempenho não seja tida em conta nos concursos de professores, dada a forma conturbada e desigual como decorreu o processo avaliativo nas diferentes escolas do país na anterior legislatura.

Em nota hoje emitida, a tutela diz que «o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, por sentença datada de 28 de Maio de 2010, deu razão aos argumentos do Ministério da Educação no âmbito da acção de intimação que visava eliminar a avaliação do desempenho do concurso de professores».

O Ministério de Isabel Alçada refere que esta decisão «vem no mesmo sentido» da do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra e da do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, pronunciadas a 31 de Maio e a 1 de Junho, respectivamente.

Lusa / SOL

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ministra nega facilitismo na possibilidade de passar do oitavo para o 10º ano

A ministra da Educação, Isabel Alçada, negou hoje que a possibilidade de os alunos, com mais de 15 anos, auto-proporem-se a exame do 9º ano e passarem para o 10º ano seja facilitismo. A medida, criada em Fevereiro, dá uma nova oportunidade de avaliação para os alunos com mais de 15 anos e que ficariam este ano retidos no 8º ano.

“Não é uma medida que tenha a ver com facilitismo, é ao contrário. O exame é o mesmo. Mas aqueles que não tiveram possibilidade de completar no ano próprio, podem preparar-se, estudar com apoio fora da escola e se tiverem nota para passar, passarão e podem prosseguir estudos”, disse a ministra aos jornalistas, no final do debate parlamentar, e em reacção a uma notícia publicada hoje pelo jornal i.

Isabel Alçada lembra que “já houve esta possibilidade em tempos e que agora foi repensada”.

Questionada sobre a viabilidade real de um aluno conseguir passar no exame sem frequentar as aulas, a ministra diz acreditar nessa possibilidade. “Se estudarem, se tiverem vontade – a vontade move o mundo - se quiser esforçar-se, recorrer a apoios para superar dificuldades, acredito que para alguns isso será possível”, respondeu.

A Associação Nacional de Professores e o Conselho de Escolas consideram que a medida não terá grandes efeitos práticos. Em bom rigor, será difícil que os alunos ultrapassem este tipo de exames. Um aluno que não tenha frequentado o 9º ano dificilmente conseguirá um bom resultado no exame”, considerou à TSF João Granjo, presidente da Associação Nacional de Professores.

Também o presidente do Conselho de Escolas, Álvaro Almeida dos Santos, é de opinião que “vai ser bastante difícil em termos práticos o alunos ultrapassar este obstáculos [dos exames]”. Citado pela Lusa, o dirigente considerou que, “tal como está, a medida não deverá ter um grande efeito prático”, não contestando também “a justeza e a generosidade da medida”.

A questão é levantada na edição de hoje do diário i, que classifica como “polémica” a medida do Ministério da Educação (ME) “que permite aos alunos com mais de 15 anos fazer as provas do 9º ano e saltar a última etapa do ensino básico”. Segundo o jornal “a medida apanhou uma boa parte os professores desprevenida, já que só ao longo das últimas semanas foram sendo informados pelas escolas das novas directivas, durante as reuniões gerais de preparação para os exames nacionais”.

O presidente do Conselho de Escolas mostrou-se surpreendido “por só agora se ter notado que isto era possível”, já que a medida do ME foi publicada em Diário da República em meados de Fevereiro.

A justificação remetia para o facto e os alunos inscritos no 8º ano que fiquem retidos neste ano lectivo passarão “automaticamente a ser abrangidos” pelo novo limite de escolaridade obrigatória, alargado até aos 18 anos. Foi devido à inclusão deste alunos no novo regime, que o ME decidiu criar um nova oportunidade de avaliação e que é válida unicamente para este ano.

Público

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Piropos lançam medo na escola


As autoridades policiais não encontraram até ontem motivo que justifique um alerta lançado pela Escola Secundária de Canas de Senhorim, segundo o qual duas carrinhas suspeitas andavam a circular nas proximidades com ocupantes que ameaçavam a integridade física das alunas.A escola divulgou um alerta interno e enviou aos encarregados de educação uma carta onde lhes pedia que acompanhassem os alunos, adiantando que militares da GNR, incluindo à civil, estavam a vigiar a zona e já tinham identificado os suspeitos. O estabelecimento também comunicou as suspeitas à GNR, por escrito.
"As pessoas das carrinhas são de bem", explicou ontem uma fonte policial, adiantando que as declarações das alunas, entre 13 e 16 anos, que diziam ser abordadas e molestadas, "são contraditórias e extemporâneas". Os boatos evoluíram depois de um grupo de operários da construção civil ter lançado uns piropos às alunas. Mas, dado o alarme criado, a GNR poderá comunicar o caso a tribunal. O mesmo poderão fazer os donos das viaturas, cujas matrículas e outros dados circulam agora na internet, ligadas às suspeitas.
Apesar de tudo, e de "não haver nada de anormal", Rogério Oliveira, pai de uma aluna, considera que a escola "fez bem" em avisar os pais. A direcção da escola não esteve ontem contactável.

terça-feira, 1 de junho de 2010

500 Escolas com menos de 20 alunos encerradas em Setembro


O Ministério da Educação estima que já no próximo ano lectivo estejam encerradas cerca de 500 escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos, no âmbito de um plano de reorganização da rede escolar.

O número provisório foi avançado hoje pelo secretário de Estado da Educação,João Mata, enquanto decorria a reunião do Conselho de Ministros que aprovou a resolução que estabelece os princípios para a reorganização da rede escolar pública.

"Cerca de 500 escolas já não abrem em Setembro", disse aos jornalistas João Mata, sublinhando que os dados definitivos só serão conhecidos a 15 de Junho, altura em que termina a avaliação da situação no terreno.

"O encerramento das escolas com menos de 20 alunos é um princípio que tem de ser aferido no terreno. Há um trabalho de proximidade que está a ser feito com as autarquias e com os agrupamentos escolares", sublinhou o secretário de Estado, explicando que esta resolução do Conselho de Ministros significa que vão encerrar apenas as escolas sem condições.

João Mata garantiu que "os alunos só são deslocados se forem para escolas com melhores condições de ensino e aprendizagem, para garantir igualdade de oportunidades".

Entre as condições que o Governo considera essenciais está a existência de "refeitório, salas de informática, salas para o ensino do inglês e da música".

No total, existem 3200 escolas do 1.º ciclo, das quais 600 têm menos de 20 alunos. Em Portugal, frequentam o 1.º ciclo cerca de 470 mil crianças, estimando-se que esta medida afecte no máximo dez mil crianças.

Em conversa com os jornalistas no Ministério da Educação, João Mata voltou hoje a lembrar que as escolas com menos de 20 alunos apresentam taxas de retenção muito superiores à média nacional: "Em média, a taxa de retenção é superior a 33%".

João Mata disse ainda que este é um trabalho que veio "prosseguir e aprofundar o trabalho iniciado em 2005 e que levou ao encerramento de cerca de 2500 escolas: escolas de insucesso, isoladas e sem condições e sem recursos adequados ao sucesso escolar".

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Conselho de Escolas propõe reorganizar ciclos


O Conselho de Escolas vai propor à ministra da Educação a reorganização dos ciclos de ensino em três ciclos de quatro anos cada. O projecto vai ser debatido hoje, segunda-feira, no plenário do órgão consultivo do ME, e Álvaro Almeida dos Santos conta com a sua aprovação.



"Não passa de uma proposta" e pretende responder ao "desafio" colocado pelo alargamento da escolaridade obrigatória de 12 anos, começou por sublinhar ao JN o presidente do Conselho de Escolas (CE), Álvaro Almeida dos Santos. O documento, que pode ser aprovado hoje, no plenário realizado no Centro de Caparide, em Cascais, será entregue à ministra da Educação até final do ano lectivo. E, a ser aceite pela tutela "obrigaria à alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo", reconhece o director da Secundária de Valadares.

O órgão consultivo do Ministério da Educação (ME), criado na anterior legislatura por Maria de Lurdes Rodrigues, criou um grupo de trabalho para analisar a revisão curricular.

Uma vez que a tutela pretende introduzir "ajustamentos" aos currículos nacionais, o CE optou por não se pronunciar sobre a eliminação de disciplinas ou a transformação de cadeiras anuais em semestrais - possibilidade já admitida pela ministra Isabel Alçada em relação à História e à Geografia. Sobre esse assunto, Álvaro Almeida dos Santos, defende que as escolas deviam ter "margem de autonomia" para gerirem os currículos de acordo com a sua população estudantil; "sem acréscimos de recursos, é claro", especialmente em tempos de crise, frisou, mas de forma a conseguirem "rentabilizar as aprendizagens" dos alunos.

"Secundário inferior e superior"

A reorganização dos ciclos de ensino em três ciclos de quatro anos cada implicaria mudanças ao nível dos actuais 2º e 3º ciclos e secundário.

Apesar dessa nova organização, Álvaro Almeida dos Santos considera que a proposta garante maior "sequencialidade e coerência curricular" ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória.

Assim, além do 1º ciclo (que se mantinha com a mesma estrutura de quatro anos), os restantes actuais três ciclos de ensino seriam convertidos em dois: "secundário inferior e secundário superior".

No caso do secundário superior (equivalente ao período do 9º ao 12º anos), "começava por uma fase, que pode ser de um ano, de tronco comum, prosseguindo, depois, os alunos para a possibilidade de diversificarem entre áreas científicas ou profissionalizantes".

Com o alargamento da escolaridade obrigatória, "o ensino secundário não pode ficar refém do ensino Superior" e tornar-se num "mero patamar de passagem" até esse nível. A preservação da "identidade do ensino secundário" é, por isso, uma prioridade para Álvaro Almeida dos Santos.

A proposta, insistiu, não será pormenorizada; "serão linhas gerais". "Temos noção de que há outras medidas que confluem para esta área" e que esta proposta não esgota a revisão curricular - a revisão da carga horária dos alunos e até a atribuição do serviço docente também podem ser abrangidos pela discussão que o Conselho quer promover no sector, a um mês de ir a votos.

JN

sábado, 29 de maio de 2010

Ministério da Educação diz que decisão do Tribunal de Beja é "ilegal"


"Ilegal e atentatória dos interesses dos professores". Foi assim que o Ministério da Educação classificou, ontem à noite, a confirmação pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja da decisão de suspensão dos efeitos da avaliação na ordenação dos candidatos ao concurso para professores contratados, que decorreu entre Abril e o princípio deste mês.

Num comunicado lido ao PÚBLICO pela sua assessora de imprensa, o Ministério da Educação anunciou que "vai recorrer da decisão" do Tribunal de Beja, frisando que esta penaliza os docentes que foram avaliados. Segundo o ME, "este entendimento" foi também partilhado pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, numa sentença de cujo teor foi ontem notificado.

Para além das providências cautelares com vista à suspensão provisória da avaliação entregues nos tribunais de Beja e Lisboa, a Federação Nacional de Professores entregou, em Abril, um pedido ao TAF de Coimbra para que a tutela fosse intimada a eliminar do aviso de abertura do concurso as normas relativas à avaliação. A decisão chegou ontem e, segundo o comunicado da 5 de Outubro, "dá inteira razão ao Ministério da Educação", contrariando o que a este respeito fora decidido pelo Tribunal de Beja.

Conhecida no mesmo dia em que este tribunal confirmou a suspensão da avaliação, a sentença de Coimbra terá sido determinante para a decisão do Ministério de persistir na via judicial, o que fará através da apresentação de um recurso junto do TAF de Beja. Sem prejuízo deste procedimento, "o Ministério da Educação garante que o próximo ano lectivo começará em condições de estabilidade e com todos os professores colocados atempadamente", acrescenta-se no comunicado da tutela.

A Fenprof considera que tal não é possível, tendo ontem reiterado que, se o ME insistir nesta via, "ficará em causa a colocação de professores contratados" a tempo de se encontrarem nas escolas em Setembro, no princípio do próximo ano lectivo. Para a Fenprof "só existe um caminho" para evitar que tal aconteça: "Publicar as listas de ordenação provisória dos candidatos sem que a avaliação seja tida em conta".

A organização lembra, a propósito, que tal "não é difícil", uma vez que, segundo informação da Direcção-Geral de Recursos Humanos do ME, está já preparada "uma plataforma informática que exclui a avaliação do concurso". "Se não for essa a opção, então o ME, por mera teimosia e birra, entrará, definitivamente, pelos caminhos da irresponsabilidade", acrescentou.

No dia 7 de Maio, dando seguimento à suspensão decretada por Beja, o ministério "ocultou" os itens respeitantes à avaliação que constavam da aplicação informática utilizada no concurso. Segundo o Tribunal de Beja, a ponderação da avaliação na ordenação dos candidatos poderá pôr em causa os princípios constitucionais da igualdade e da "liberdade de escolha de profissão e acesso à função pública". Na sentença acrescenta-se que estes princípios poderão ter sido postos em causa, nomeadamente pelo facto de muitas escolas terem recorrido, para a avaliação, a uma aplicação informática que procedeu a arredondamentos e transformou, assim, Bons em Muito Bons e Muito Bons ou Excelentes. O Muito Bom garante uma majoração de um ponto e o Excelente de dois pontos. Na prática, um docente com este benefício pode ultrapassar 500 candidatos na lista de ordenação.

Não foram ainda tornados públicos quais os argumentos utilizados pelo Tribunal de Coimbra para considerar que, pelo contrário, a retirada destes itens irá penalizar os professores.


Público

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tribunal mantém suspensão da avaliação


O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja manteve a decisão de suspensão da avaliação no concurso de professores, anunciou, esta sexta-feira, a FENPROF, segundo a qual ficará em causa a atempada colocação de docentes se houver novos recursos.

A Federação Nacional de Professores (FENPROF) afirma, em comunicado, que um colectivo de juízes do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja reuniu e decidiu «manter o decretamento provisório da presente providência cautelar».

«Com esta decisão, abrem-se novos prazos de recurso, é verdade, mas a não ser dado andamento imediato ao concurso, ficará em causa a colocação de professores contratados e por destacamento a tempo de, em 01 de Setembro, se encontrarem nas escolas para iniciarem o ano escolar», considera a estrutura sindical.

Os sindicatos de professores interpuseram providências cautelares e intimações em vários tribunais administrativos para impedir que a avaliação constasse do concurso para o ano lectivo de 2010-2011, por considerarem que iria criar situações de injustiça.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Ministério da Educação afirmou que a tutela recebeu esta sexta-feira de manhã a decisão do Tribunal de Beja, estando ainda a analisar a matéria, pelo que remeteu para mais tarde qualquer declaração sobre este assunto.

Lusa

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Legislação

Para publicação em Diário da República
 
― Despacho do Gabinete da Ministra da Educação
Determina que as eleições dos membros que irão integrar o Conselho de Escolas no triénio 2010-2013, terão lugar no dia 15 de Julho de 2010.
 
― Despacho do Gabinete da Ministra da Educação
Nomeia os membros da comissão eleitoral da eleição para o Conselho de Escolas
 
― Despacho do Gabinete da Ministra da Educação
Determina a continuidade do Programa de Formação Contínua em Matemática para os professores dos 1.º e 2.º ciclo do Ensino Básico.
 
 
Informações Gerais

― Bolsas de estudo do Governo do Japão
O Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão (Monbukagakusho) concede bolsas de estudo a licenciados portugueses para um curso de pós-graduação em universidades japonesas, para os anos académicos de 2011.
Para mais informação: www.pt.emb-japan.go.jp
 
― Concurso “SELO EUROPEU 2010”
O Selo Europeu para as Línguas permite dar visibilidade e reconhecer o mérito de projectos desenvolvidos no âmbito das novas técnicas do ensino das línguas, europeias ou não, nacionais ou regionais.
As candidaturas devem ser enviadas entre 15 de Abril e 15 de Junho de 2010.
Para mais informação: www.proalv.pt
 
― Seminário “Planeta Terra: Agir pela Biodiversidade”
O seminário “Planeta Terra: Agir pela Biodiversidade”, destinado a professores e a outros agentes educativos, realiza-se no dia 19 de Maio, às 14h30, no Centro de Informação Urbana de Lisboa, no Picoas Plaza, em Lisboa.
Para mais informação: http://www.min-edu.pt/np3/4802.html

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Suicídio deixa escola em choque


O suicídio de Amner Keller, de 14 anos, na noite de domingo, deixou em choque os alunos da EB 2,3 de Freiria, Torres Vedras. Os 700 alunos da escola juntaram-se ontem de mãos dadas no recreio e cumpriram um minuto de silêncio. No site da escola, um poema de homenagem, começava assim: "O meu amigo era engraçado/ Nunca andava magoado, mas sim animado". O rapaz de origem brasileira enforcou-se com um cachecol no guarda-fatos do seu quarto, numa moradia em Escaravilheira, onde vivia com o pai, a madrasta e três irmãs. Os colegas do 6º F dizem que estava de castigo no quarto até final do ano lectivo, sem telemóvel e computador, depois de ter tido negativa a Inglês. Na escola, todos destacaram as suas qualidades. "Era um miúdo alegre, meiguinho", disse  uma funcionária. O director Jorge Baptista descreve-o como "um miúdo acarinhado por todos e sem problemas disciplinares". O corpo foi ontem autopsiado e seguiu para ser velado na Capela de São Pedro da Cadeira. A família não informou sobre o funeral, mas deverá ser cremado.
A recuperar está a criança de Guimarães que tentou o suicídio.

CM

terça-feira, 25 de maio de 2010

Resumo - Propriedades dos Minerais


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Professora acusada de agredir

Uma professora da EB1 das Arroteias (Moita) é acusada pelos pais de uma aluna do 2º ano de agressões físicas e verbais à filha de sete anos. A queixa deu origem a um processo instaurado pelo agrupamento escolar Fragata do Tejo, que ilibou a docente.

Mas os pais da aluna afirmam que o agrupamento quis proteger a professora e ameaçam recorrer aos tribunaisA professora chegou à escola este ano lectivo e a partir de Outubro, garante António Godinho, pai da menina, começaram as agressões. "A minha filha queixava-se de que a professora lhe batia na cabeça, lhe puxava as orelhas e a chamava de burra, inútil, idiota, estúpida e badalhoca", revela, sublinhando que havia mais alunos vítimas de agressão. "Hou-ve mais crianças a contar que a professora lhes batia mas na hora da verdade os pais encolheram-se."


Os pais foram falar com a professora, mas afirmam que as agressões continuaram: "A minha filha foi-se muito abaixo, não queria ir à escola, perguntava quando é que a professora se ia embora. Era uma sensação de impotência vê-la em desespero", conta a mãe. Os pais apresentaram queixa na DRELVT a 20 de Janeiro, mas afirmam que o inquérito instaurado pelo agrupamento foi "conduzido de forma tendenciosa para proteger a professora". "Um elemento do agrupamento perguntou na aula, com a professora ao lado, se alguém tinha visto a professora bater na minha filha. Os miúdos sentiram-se pressionados e mentiram. A partir daí tudo mudou. Viraram todos os miúdos contra a minha filha, que passou a ser a queixinhas."


No inquérito, foram ouvidos sete alunos. A 17 de Maio, o inquérito foi arquivado por não se ter provado as agressões. Os pais afirmam que vão recorrer à Justiça.


CM

Menino de 10 anos atira-se da janela por ter tido negativa


Um menino de 10 anos, filho de um dentista e de uma professora, atirou-se ontem da varanda do seu quarto depois de a mãe o ter colocado de castigo por ter tido uma nota negativa num teste. O rapaz, que mora em Guimarães, é um excelente aluno e sentiu-se injustiçado com o castigo. Fechado no quarto, ameaçou a mãe que se atirava da janela caso esta não abrisse a porta.

A mãe ignorou a ameaça e o menino acabou mesmo por se atirar do quarto andar, de uma altura de 12 metros, caindo sobre um carro da polícia. A criança está agora internada com um braço e a bacia partidos.

Quando a mãe se apercebeu que o filho se tinha lançado da varanda desmaiou e teve também de receber tratamento hospitalar.

Sol

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mostra dos Trabalhos de Área de Projecto do 12º Ano


A Câmara Municipal de Évora, no âmbito da concretização e apresentação de trabalhos realizados na Área de Projecto, irá apoiar diferentes grupos de alunos de 12º ano das escolas secundárias do Concelho que, na realização dos seus trabalhos académicos, endereçaram pedidos à autarquia, tendo esta decidido integrar todas as solicitações através do Projecto Montra Jovem, que este ano tem lugar nos dias 28 e 29 de Maio, na Arena de Évora.
Deste modo, no dia 28, pela 22 horas, terá lugar um Desfile de Moda e no dia 29 de Maio ao longo de todo o dia, para além da visita à Feira de Projectos, será possível assistir a conferencias e workshops bem como participar numa gincana de bicicletas e assistir a um café concerto.
Tendo como objectivo geral a promoção e articulação de sinergias entre a escola e a comunidade, outros objectivos enquadram também o Projecto Montra Jovem como apoiar os estudantes/munícipes na concretização e apresentação dos seus trabalhos, promover a criatividade e a capacidade de realização dos jovens, demonstrar o reconhecimento da autarquia pelo trabalho desenvolvido, incentivar os jovens a desenvolverem projectos de qualidade e reconhecer o importante trabalho que os professores têm realizado junto dos alunos no âmbito desta disciplina.

domingo, 23 de maio de 2010

Conteúdo - Sismologia 2

onda P
Ondas P são ondas de compressão semelhantes às ondas sonoras e propagam-se em todos os estados da matéria. As partículas afectadas deslocam-se na direcção de propagação da onda, com velocidades que oscilam entre 6 e 13,6 Km/s.
onda S
Ondas S produzem nas partículas afectadas movimentos perpendiculares à direcção de propagação da onda, com velocidades de propagação entre 3,7 e 7,2 Km/s. Não se propagam em meios fluídos.
onda L
Ondas L são ondas superficiais, propagam-se pela superfície terrestre e as partículas deslocam-se segundo um plano horizontal. Imprimem ao solo movimentos de vibração lateral. Nos sismos com focos pouco profundos, são as que transportam mais energia e as que têm efeitos mais destruidores.
onda R
Ondas R são de período longo e produzem nas partículas afectadas movimentos elípticos sobre planos verticais e em sentido oposto à direcção de propagação. São semelhantes a vagas.


As ondas sísmicas são detectadas e registadas nas estações sismográficas por aparelhos chamados sismógrafos. Os sismógrafos mais antigos eram, essencialmente, constituídos por um pêndulo (vertical ou horizontal) ao qual eram acoplados diversos mecanismos de amplificação, de amortecimento e de registo. Alguns destes sismógrafos ainda se encontram em pleno funcionamento. Os sismógrafos mais modernos são do tipo electromagnético. Os registos efectuados por estes aparelhos são os sismogramas, cuja interpretação, reservada a especialistas, consiste no reconhecimento e na leitura dos tempos de chegada das ondas sísmicas, permitindo calcular a que distância se encontra o epicentro de um determinado sismo, a chamada distância epicentral. Deste modo, com os dados fornecidos por três estações sismográficas é possível determinar a localização exacta do epicentro de um sismo.
sismógrafo e sismograma
Os sismos não apresentam uma distribuição aleatória à superfície do planeta Terra, mas estão repartidos de acordo com um padrão bem definido. Esta repartição ordenada encaixa perfeitamente naTectónica de Placas, particularmente, no que concerne aos limites das zonas de subducção (fossas).
zona sismogénica
As regiões sísmicas encontram-se sobretudo nas fronteiras das placas litosféricas. Existe uma sismicidade (termo que traduz a frequência dos sismos numa dada região) difusa fora daqueles limites denominada sismicidade intraplacas. Já dissemos que a maioria dos sismos observam-se nas fronteiras das placas, bem como a maior parte da actividade vulcânica. Estes sismos são denominados sismos tectónicos. Podemos dizer, sem cometer um erro grosseiro, que os alinhamentos dos sismos indicam os limites das placas tectónicas.
distribuição dos sismos
Distribuição dos sismos, assinalados pelos pontos negros, registados no último século. Compare com os limites das placas tectónica.
Senão vejamos a distribuição geográfica das principais zonas sísmicas: 1) Zona do Círculo Circum-Pacífico - esta zona rodeia o oceano Pacífico, abrangendo as costas do México e da Califórnia, Golfo do Alasca, Arquipélago das Aleutas, Península de Camechátca, as Curilhas e a costa oriental do Japão, dividindo-se a partir daqui em dois ramos: a) um que atravessa a Formosa e Filipinas; b) o outro seguindo as Ilhas Polinésias ( Marianas e Carolinas Ocidentais ). Os dois ramos unem-se na Nova Guiné, costeando, seguidamente, o bloco firme da Austrália, seguindo até às ilhas Fiji e Kermadec, Nova Zelândia até ao continente Antárctico. Prossegue pela Cordilheira dos Andes, ao longo do litoral ocidental da América do Sul, passando pelas ilhas de Páscoa e Galápagos. O círculo fecha-se com um pequeno anel que passa pelo Arquipélago das Caraíbas. 2) Zona de ondulação alpina da Europa e da Ásia - tem início na África do Norte e na Espanha e estende-se, depois, com largura crescente, até aos altos planaltos do Pamir ( NW dos Himalaias no Tajiquistão ), descendo, em seguida, pela Cordilheira Birman ( SE dos Himalaias ), passando à costa ocidental da Indonésia, onde vai encontrar-se com o Círculo Circum-Pacífico. 3) Zona da Dorsal Meso-Atlântica - zona sísmica que segue a cadeia de montanhas submarinas ao longo de toda a dorsal meso-oceânica Atlântica. Passa pela Islândia e os Açores, bifurcando-se a oeste de Portugal para alcançar a região mediterrânica. 4) Zona compreendida entre a costa meridional da Arábia e a ilha de Bouvet, no oceano Antárctico - zona sísmica análoga à do Atlântico ( placas divergentes ), está relacionada com a cadeia dos altos fundos que separa o oceano Índico em duas partes. Para completar este inventário de geografia sísmica, assinalamos a sismicidade do Grande Rift Africano, marcado pela sucessão dos Grandes Lagos e das regiões vizinhas de fractura do Mar Vermelho.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ministra desvaloriza recomendação da AR sobre avaliação no concurso de professores


“O Governo nunca está isolado neste assunto. Nós vamos resolver este assunto”, afirmou Isabel Alçada em Gaia, à margem da inauguração do Jardim-Escola João de Deus, equipamento a funcionar há cinco anos.

A Assembleia da República aprovou quinta-feira um projecto de resolução do CDS-PP recomendando ao Governo que a avaliação de desempenho não seja tida em conta nos concursos de professores.

O projecto de resolução recebeu os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, BE, PCP e PEV e os votos contra do PS.

Confrontada hoje com esta recomendação, Isabel Alçada afirmou que, “de acordo com a legislação em vigor, a avaliação é um dos critérios para o concurso e para a progressão na carreira”.

“Neste momento, está a decorrer ainda uma notificação do Tribunal de Beja que coloca a questão no quadro judicial e nesse contexto não vou pronunciar-me antes de receber informação do tribunal”, referiu.

A ministra da Educação afirmou quinta-feira à Lusa, em Cascais, que a apresentação da lista de colocação de professores está dependente da decisão do Tribunal de Beja, sublinhando, contudo, que tudo fará para que o processo decorra com normalidade.

“Houve uma questão colocada no Tribunal de Beja e vamos aguardar a decisão para que o processo [de colocação de professores] possa seguir. Antes disso não vamos poder dar informação”, afirmou Isabel Alçada.

No entanto, Isabel Alçada garantiu que “o ministério tudo fará para que o processo de colocação de professores decorra com normalidade, para que, quando o ano lectivo abrir, os professores estejam nas escolas”.

As listas de ordenação provisória dos candidatos deveriam ter sido divulgadas a 13 de Maio.

“Há vários processos para assegurar que os professores estejam a tempo na abertura do ano lectivo. O ideal seria que tudo decorresse sem peripécias, mas, neste momento, temos esta questão e estamos a aguardar”, concluiu.

Na sequência de uma providência cautelar interposta pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja mandou suspender a consideração da avaliação de desempenho como critério de ordenação dos candidatos ao concurso de professores para o ano lectivo 2010/2011.

O prazo para que o TAF de Beja se pronuncie sobre a manutenção, levantamento ou alteração da decisão provisória relativa ao concurso terminou há quatro dias, mas Isabel Alçada garantiu hoje que o Ministério da Educação ainda não foi notificado sobre esse pronunciamento.

Público