A Federação Nacional de Professores (Fenprof) vai lançar, no dia 8 de Outubro, uma proposta para um novo modelo de avaliação dos professores, que será discutida dentro da classe docente antes de ser apresentado ao Ministério da Educação. Para a federação, o sistema aprovado pelo Governo em 2007 - e aplicado de forma experimental no final do último ano lectivo - está "condenado" ao fracasso.
"É uma discussão que vamos promover no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Professor, que se celebra a 5 de Outubro", explicou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. "Para já, não é nada para discutir com o Ministério. Será uma solução apreciada pelos próprios professores, com vários itens em aberto, com os quais poderão concordar ou não".
Para Mário Nogueira, a "prova" de que o actual sistema não funciona foram as avaliações parciais dos contratados e dos professores em ano de progressão na carreira, feitas no final do último ano lectivo depois de o Ministério da Educação e os sindicatos terem assinado um "memorando de entendimento", que resumia as classificações a alguns itens básicos, como a assiduidade.
"Foram avaliados apenas 7000 professores, cerca de 5% do total, e mesmo assim o sistema resultou numa bagunça", considerou. "Houve escolas que distribuíram classificações de "bom" a todos e não podiam, porque há quotas para os "muito bom" e "excelente", há professores com os contratos renovados que ainda não conhecem a avaliação do ano passado e há até alguns que mudaram de escola e ainda estão a ser avaliados na antiga".
Agora, com o sistema a ser aplicado a todos os professores - ainda que a avaliação no final do ano possa ser repetida, a pedido dos visados - os avaliados começam a deparar-se com muitas dúvidas. Algo que não surpreende o sindicalista: "Não houve nenhuma preparação dos avaliados e, para os avaliadores, a pouca que houve teve uma qualidade baixíssima", considerou.
Por isso, antecipou, "Inevitavelmente isto vai dar um estouro mais lá para o final do ano. A determinado momento ninguém terá avaliações, e o Ministério começará a dizer aos professores que se não forem avaliados serão penalizados na progressão.
PEDRO SOUSA TAVARES
"É uma discussão que vamos promover no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Professor, que se celebra a 5 de Outubro", explicou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. "Para já, não é nada para discutir com o Ministério. Será uma solução apreciada pelos próprios professores, com vários itens em aberto, com os quais poderão concordar ou não".
Para Mário Nogueira, a "prova" de que o actual sistema não funciona foram as avaliações parciais dos contratados e dos professores em ano de progressão na carreira, feitas no final do último ano lectivo depois de o Ministério da Educação e os sindicatos terem assinado um "memorando de entendimento", que resumia as classificações a alguns itens básicos, como a assiduidade.
"Foram avaliados apenas 7000 professores, cerca de 5% do total, e mesmo assim o sistema resultou numa bagunça", considerou. "Houve escolas que distribuíram classificações de "bom" a todos e não podiam, porque há quotas para os "muito bom" e "excelente", há professores com os contratos renovados que ainda não conhecem a avaliação do ano passado e há até alguns que mudaram de escola e ainda estão a ser avaliados na antiga".
Agora, com o sistema a ser aplicado a todos os professores - ainda que a avaliação no final do ano possa ser repetida, a pedido dos visados - os avaliados começam a deparar-se com muitas dúvidas. Algo que não surpreende o sindicalista: "Não houve nenhuma preparação dos avaliados e, para os avaliadores, a pouca que houve teve uma qualidade baixíssima", considerou.
Por isso, antecipou, "Inevitavelmente isto vai dar um estouro mais lá para o final do ano. A determinado momento ninguém terá avaliações, e o Ministério começará a dizer aos professores que se não forem avaliados serão penalizados na progressão.
PEDRO SOUSA TAVARES
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