quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Novas Oportunidades: 800 formadores e 214 técnicos demitidos

Mais de 800 formadores e 214 técnicos que trabalhavam nos Centros Novas Oportunidades (CNO) afectos ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) foram demitidos, revelou a Associação Nacional de Profissionais de Educação e Formação de Adultos.
Segundo a associação, o IEFP encerrou os CNO e não renovou os contratos, que terminaram a 28 de Dezembro, de 214 profissionais de educação e formação de adultos que exerciam funções na sua rede de centros.
Além destes profissionais, também "mais de 800 formadores ficaram desempregados, no período de uma semana, sem a possibilidade de recorrer a mecanismos de protecção em situação de desemprego por serem prestadores de serviços (recibos verdes)".
Segundo Sérgio Rodrigues, porta-voz da associação, a situação destes formadores "é preocupante porque não têm qualquer tipo de apoio e estão completamente desprotegidos".
Citando o IEFP, a associação adianta que estarão cerca de 50 mil adultos em processos de qualificação nestes centros e que serão transferidos para outros.
A preocupação da associação prende-se com o facto de saber "quem decide o local para onde será transferido o adulto", "quando ocorrerão as transferências" e se existe o risco de transferi-los para "centros cuja continuidade não está garantida e a candidatura pode não ser aprovada".
Sérgio Rodrigues lamentou, ainda, que não tenha havido uma informação oficial, por parte do IEFP, sobre o encerramento dos CNO a partir de 02 de Janeiro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ministro não revela número de professores a dispensar

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, recusou esta terça-feira comprometer-se com a quantidade de professores que podem ser dispensados se for avante a revisão curricular para os ensinos básico e secundário proposta pelo Governo.
Apesar da insistência dos deputados da oposição na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, Nuno Crato frisou que a sua equipa está a "discutir propostas e alternativas".
Em declarações aos jornalistas à saída da audiência parlamentar, o ministro afirmou não saber "se há professores que vão deixar de ser necessários".
Nuno Crato garantiu que "continuarão a ser contratados professores à medida das necessidades que existam", depois de o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, ter lembrado que na proposta está suposto que poderão "aumentar as contratações em algumas disciplinas" e que os lugares dos professores do quadro estão garantidos.
Português, Matemática, Inglês, Física e Química e Ciências Naturais são algumas das áreas "essenciais" em que a proposta de revisão aumenta a carga horária.
Por outro lado, o Governo quer acabar com as horas de currículo não disciplinar de Formação Cívica e repartir a Educação Visual e Tecnológica (EVT) em duas disciplinas. "Os professores de todas as áreas são necessários ao sistema", disse Nuno Crato.

Escola deixou alunos sozinhos

Todos os docentes e funcionários da Escola Básica de Matosinhos foram ontem cantar as Janeiras ao presidente da câmara, Guilherme Pinto, deixando sozinhas na escola as crianças cujos pais não autorizaram participação na iniciativa.
"A minha filha de seis anos foi encontrada por uma amiga no átrio da escola, muito assustada, quase em pânico", contou Vítor Maganinho. O encarregado de educação explicou que "qualquer pessoa podia entrar na escola e levar as crianças". Vítor Maganinho referiu: "A minha amiga trouxe os meus filhos com o meu conhecimento, mas não havia qualquer funcionário a controlar a porta." Vítor foi um dos pais que não autorizaram os filhos, de 4 e 6 anos, a irem cantar para o autarca. "A escola já tinha avisado que podia não ter quem ficasse com as crianças, e hoje [ontem] de manhã voltaram a avisar, mas nunca pensei que o fizessem", disse Vítor. Cerca de vinte crianças terão ficado abandonadas na escola durante toda a manhã. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Professores de Educação Visual e Tecnológica apostados em manter disciplina

Os professores de Educação Visual e Tecnológica recusam que a reforma curricular acabe com a disciplina no 2.º ciclo do Básico, afirmando que é uma medida sem justificação, disse o presidente da sua associação.

No rescaldo do encontro anual da Associação Nacional de Professores de Educação Visual e Tecnológica, que decorreu este sábado em Aveiro, José António Rodrigues garantiu que os professores “vão continuar a defender a disciplina” e serão “pró-activos” na discussão pública da reforma.

A proposta de revisão de currículos do ensino básico e secundário lançada pelo Governo supõe o fim da disciplina no 9.º ano, que deixe de ser leccionada por dois professores e a sua divisão em duas disciplinas semestrais. “Esta mudança não tem sentido porque não foi calculada nem justificada”, afirmou o docente, argumentando que, com as mudanças propostas, “perde-se tudo o que é a essência da disciplina, que existiu durante 20 anos”.

José António Rodrigues indicou que “não há estudo nenhum em que a disciplina não seja uma disciplina de sucesso ou que traga consigo grandes problemas de organização do sistema educativo ou no currículo do segundo ciclo do ensino básico”.

Os professores temem que aumente o desemprego uma vez que, a concretizar-se, a mudança implica a redução, em alguns casos a 50 por cento - quando as escolas optem pelo modelo semestral -, das horas actualmente consagradas a Educação Visual e Tecnológica. Em termos pedagógicos, “não faz sentido nenhum crianças com 9, 10 ou 11 anos estarem a frequentar disciplinas semestrais”, referiu.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Olho Inchado

Dois alunos estão à luta numa sala de aula e um deles dá um murro ao outro mesmo num olho.

O outro cai, levanta-se, os outros separam-nos e ele, com uma mão a cobrir o olho, grita ao outro:

- Isto não vai ficar assim!

- Pois não, vai inchar!

sábado, 7 de janeiro de 2012

O Poço

A professora pede ao aluno para contar uma história triste.

O aluno começa:

- Bem, na semana passada, a minha mãe caíu dentro de um poço...

- Ai, credo! E ela está bem?

- Agora deve estar... Há dois dias que não pede socorro!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Professora despedida por dizer que alunos "têm o cérebro no rabo"

Uma professora de liceu do bairro de Queens, em Nova Iorque (EUA), foi despedida depois de ter dito aos alunos que "tinham os cérebros no rabo". Segundo o tablóide norte-americano 'New York Post', Bernardette Camacho, de 39 anos, piorou a situação ao tentar subornar uma aluna com promessas de aprovação na disciplina caso fosse sua testemunha.
Bernardette Camacho estava a dar aulas de Estudos Sociais na escola de Hillcrest, no bairro de Queens, quando proferiu o insulto. Segundo disse ao tablóide nova-iorquino, perdeu a calma durante um exame quando os alunos estavam a atirar-lhe livros e a ridicularizar o sotaque, visto que a sua língua materna é o castelhano. No entanto, garante que só lhes gritou que "não tinha o cérebro no rabo".
Nega igualmente ter oferecida uma nota positiva à aluna que deveria ser sua testemunha, apesar de a mãe da jovem confirmar que chegou a ligar à docente, ameaçando que iria contactar as autoridades se ela não parasse de fazer insistentes telefonemas para a filha.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

“Boa parte dos directores vão embora”


Adalmiro Fonseca, Pres. Assoc. Nac. de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, fala sobre o trabalho do Governo

Como avalia até agora o trabalho desta equipa do Ministério da Educação e Ciência?
– Estamos preocupados com a falta de diálogo. Há três meses reunimo--nos com o secretário de Estado João Casanova de Almeida e ficámos de dialogar sobre vários pontos. Saímos de lá com esperança e até agora nada.

– Está desiludido?
– Sim. E acredito que no próximo ano lectivo boa parte dos directores vão embora. Parecemos funcionários administrativos e para isso não vale a pena cá estar. A ministra Maria de Lurdes Rodrigues teve sempre a habilidade de ter com ela os dirigentes das escolas. Não pode haver paz na educação sem diálogo entre Governo e directores. Se não há diálogo com este ministro, tem de haver com outro...

– O que mais o preocupa?
– Precisamos de saber como serão os mega-agrupamentos. Vão ser feitos desde Lisboa, com mapa e tesoura? Prometeram falar com as comunidades e até agora zero. Temos de resolver o problema da central de compras, que está a destruir o pequeno comércio. Os directores têm de ter intervenção na política educativa, ninguém sabe mais de escolas do que nós. É impossível planear as coisas sem saber o que nos espera.

– Não compensa ser director?
– Só servimos para preencher aplicações e fornecer números e dados à tutela. Nunca vi tanto director desanimado.

– Os cortes nos suplementos também não ajudaram...
– Reduziram-nos os suplementos, tiraram-nos adjuntos e assessores. Neste momento, ganho mais 100 euros como director do que um professor do mesmo escalão e tenho o trabalho que tenho, há anos que não gozo férias, além da responsabilidade. Não compensa.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Governo extingue nove centros Novas Oportunidades

Segundo o Diário da República de hoje, são extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pelo Instituto Politécnico de Leiria (Leiria), pela Escola Secundária de Montemor-o-Novo (Montemor-o-Novo), pela Escola Secundária com 2.º e 3.º Ciclos Gil Vicente (Lisboa), pela Escola Superior de Educação de Portalegre (Portalegre) e pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Sacavém (Loures).

Além destes, são igualmente extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Madeira Torres (Torres Vedras), pela Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Leça do Balio (Matosinhos), pela Agrupamento de Escolas de Pampilhosa e pela Escola Secundária da Moita (Moita).

Ontem, quarta-feira, o Ministério da Educação dizia estar ainda a avaliar ao programa e seria com base nos resultados da avaliação será então "revista a dimensão da rede", por forma a evitar sobreposições e a privilegiar "os Centros Novas Oportunidades cuja qualidade de formação é mais elevada", referia uma nota em resposta a questões colocados pelo PÚBLICO. O ministério dizia também que estava a analisar os processos de candidaturas ao financiamento do Programa Novas Oportunidades para o próximo ano, que poderá implicar eventuais cortes.

Essa informação referia ainda que os centros resultantes da reorganização serão "redireccionados para atender prioritariamente ao ensino profissional, que deverá ser reforçado".

Em comunicado divulgado nesse dia, a comissão instaladora da Associação Nacional de Profissionais de Educação e Formação de Adultos (ANEFA) alertou para a cessação, no próximo sábado, do financiamento que suporta a intervenção dos Centros Novas Oportunidades (CNO), protestando contra o facto de não existir informação sobre a continuidade dos projectos. A presidente da associação, Laura Saleiro e Ferreira, insurge-se contra a "ausência total de comunicação oficial" quanto ao futuro dos CNO, o que coloca as organizações e as equipas que neles trabalham numa "insuportável indefinição".

Estes profissionais dizem que a situação se agudizou ainda mais perante um concurso de financiamento aberto a menos de um mês e meio do fim do ano, não existindo até hoje qualquer informação sobre os prazos de análise das candidaturas e respectiva comunicação de resultados relacionados com a aprovação ou não. "Face à ausência de garantias de continuidade em 2012, uma parte significativa dos 436 CNO suspenderão a actividade a partir do dia 31 de Dezembro, até ser comunicado o resultado da candidatura efectuada", afirmam.

Os membros da associação chamam ainda a atenção para o facto de a suspensão das actividades implicar o "despedimento e/ou redução das equipas pedagógicas", salientando que existem "milhares de profissionais de educação e formação de adultos com vínculo em CNO". Os professores e formadores que fazem parte desta associação queixam-se da dificuldade em programar formações que têm em vista os objectivos da candidatura apresentada.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Novas Oportunidades não sabem se funcionam na próxima semana

Os profissionais de educação e formação de adultos denunciaram esta quarta-feira que cessa sábado o financiamento que suporta a intervenção dos Centros Novas Oportunidades (CNO), sem que tenham informação sobre a continuidade dos projectos
Segundo a comissão instaladora da Associação Nacional de Profissionais de Educação e Formação de Adultos (ANEFA), a "ausência total de comunicação oficial" quanto ao futuro dos CNO coloca as organizações e as equipas que neles trabalham numa "insuportável indefinição".
Estes profissionais dizem que a situação se agudizou ainda mais perante um concurso de financiamento aberto a menos de um mês e meio do fim do ano, não existindo até hoje qualquer informação sobre os prazos de análise das candidaturas e respectiva comunicação de resultados relacionados com a aprovação ou não.
"Face à ausência de garantias de continuidade em 2012, uma parte significativa dos 436 CNO suspenderão a atividade a partir do dia 31 de dezembro, até ser comunicado o resultado da candidatura efectuada", afirma a associação em comunicado.
A suspensão das actividades, "motivada pela inexistência de orientações", para o período entre o fim do financiamento e a data de aprovação para financiar a actividade em 2012, implicará o "despedimento e/ou redução das equipas pedagógicas", dizem.
Actualmente existem "milhares de profissionais de educação e formação de adultos com vínculo em CNO", afirmam. Os profissionais no terreno queixam-se da dificuldade em agendar e programar processos formativos que possam ir ao encontro das metas constantes na candidatura entretanto realizada.
O Governo está a reavaliar o programa Novas Oportunidades criado pelos anteriores governos liderados por José Sócrates, não existindo conclusões até ao momento por parte do grupo de trabalho criado no âmbito dos ministérios da Educação e da Economia. Apenas se sabe que "não romperá completamente" com o programa. "A formação de adultos é uma das preocupações do Executivo", afirmou à agência Lusa fonte do Ministério da Educação e Ciência (MEC) por ocasião da divulgação do estudo do Conselho Nacional de Educação, na semana passada.
"Após avaliação dos resultados do programa e balanço do trabalho realizado, delinearemos a linha a seguir para maximizar o seu valor e responder às expectativas dos adultos quanto a uma mais valia real no seu futuro profissional", indicou na altura a mesma fonte. Para o MEC, o que interessa é uma valorização da qualificação dos portugueses e não "uma cosmética estatística". A Lusa voltou hoje a contactar o MEC, mas não obteve resposta até ao momento.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Avaliação: Governo mantém quotas no topo

O Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros os diplomas de um novo e mais simples modelo de avaliação de professores, bem como a sua adaptação ao estatuto da carreira docente.
O novo regime resulta do acordo assinado em Setembro com sete de 13 sindicatos e entra em vigor no próximo ano lectivo. Os ciclos de avaliação passam a ter quatro anos, coincidindo com os escalões da carreira (a excepção é o 5º escalão, que tem apenas dois anos); as quotas para aceder às classificações mais elevadas mantêm-se; e a avaliação da componente pedagógica será efectuada por docentes de outras escolas, que integrarão uma bolsa de avaliadores.
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, afirmou ontem que com ciclos de avaliação maiores haverá "maior tranquilidade" na vida das escolas.
A Fenprof ficou de fora do acordo, em especial por não concordar com a manutenção das quotas, mas Mário Nogueira reconheceu que este modelo é mais simples e menos burocrático. O líder da Fenprof lembrou ontem que "enquanto a carreira estiver congelada não haverá conclusão do processo avaliativo".
O Conselho de Ministros aprovou ainda mudanças às leis orgânicas, devido à junção da Educação e do Ensino Superior num só ministério.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cerca de uma dezena de professores gritou "Emigra Tu" a Passos Coelho

Cerca de uma dezena de professores gritou esta quarta-feira "Emigra tu" à porta da residência oficial do primeiro-ministro em protesto pelo facto de Passos Coelho ter sugerido aos docentes a emigração como solução para a falta de emprego.
O objectivo do protesto era dizer ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho que não há professores a mais e que se alguém deve emigrar é ele, mas a acção de protesto acabou por ficar marcada pela fraca adesão de manifestantes.
Alguns metros acima da porta da residência oficial do primeiro-ministro, cerca de uma dezena de professores gritava "Emigra tu" pelo facto de Passos Coelho ter sugerido, numa entrevista, que os docentes devem olhar para "o mercado de língua portuguesa" como uma alternativa ao desemprego que afecta a classe em Portugal.
"Estamos aqui em reacção a declarações inaceitáveis do primeiro-ministro e estamos aqui a sugerir que ele próprio vá emigrar e temos aqui vários bilhetes de avião para escolher para onde é que quer emigrar", explicou à Lusa um dos membros do Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados (GPPCD).
A acção de protesto foi convocada através da rede social 'Facebook' pelo grupo "Indignados nas Escolas" e à qual o GPPCD se associou "imediatamente".
Na opinião de Miguel Reis, as declarações do primeiro-ministro mostram desconhecimento da realidade, tendo em conta a actual taxa de abandono escolar e de insucesso escolar, ao mesmo tempo que foi aumentada a escolaridade obrigatória.
"Um primeiro-ministro que desiste das pessoas e do país e diz isto, é ele que está a mais e não os professores", apontou.
Garante, por outro lado, que não há professores a mais, mas sim turmas sobrelotadas e muitos alunos com problemas de sucesso escolar.
"Chegamos a ter, nas escolas das zonas periféricas de Lisboa, mais de trinta alunos por turma e o número máximo, os 28 alunos, é geralmente ultrapassado por alunos que vão chegando a meio do ano, por exemplo. Como é que nós com turmas com 30 alunos podemos dizer que temos professores a mais", questionou.
Acrescentou que em turmas com esta dimensão "é impossível" um professor dar a mesma atenção a todos e que os alunos não conseguem aprender "os mínimos necessários".
"Não temos professores a mais, temos é insucesso escolar a mais e temos professores a menos para combater esse insucesso", defendeu.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Governo deve poupar 380 milhões na Educação

A redução de custos na Educação, com o objectivo de poupar 380 milhões de euros, racionalizando a rede escolar e criando agrupamentos, diminuindo ao mesmo tempo as necessidades de pessoal, estão nas metas do memorando revisto da troika. Na primeira revisão, este valor era de 195 milhões de euros.
O documento aponta para uma centralização da oferta, redução e racionalização das transferências para as escolas privadas com contratos de associação e uma maior utilização de fundos comunitários para financiar actividades na área da Educação.
O texto aponta que o Governo vai continuar a trabalhar para combater a baixa escolaridade e o abandono escolar precoce, melhorando a qualidade do ensino secundário, a via vocacional e a formação, com vista a aumentar a eficiência no sector, a qualidade do capital humano e a entrada no mercado de trabalho.
Para estes objectivos, o Governo vai estabelecer um sistema de análise, monitorização, avaliação e informação para apurar a evolução dos resultados e impactos das políticas de educação e formação, nomeadamente os planos já existentes.
As acções para melhorar a qualidade do ensino passam por generalizar acordos de confiança entre o Governo e as escolas públicas, no sentido de uma ampla autonomia, um quadro de financiamento simples, baseado em critérios de desempenho, evolução e prestação de contas.
Preconiza-se também para as escolas profissionais e particulares com contratos de associação um quadro claro de financiamento fixo por turma e mais incentivos ligados ao desempenho. O reforço do papel de supervisão da Inspecção-Geral está igualmente previsto.
O Governo deve ainda apresentar um plano de acção destinado a assegurar a qualidade, atractividade e relevância da educação no mercado de trabalho e formação profissional, através de parcerias com 60 empresas ou outros parceiros interessados.

Professor 'Bom' sem aulas há 20 anos

'Mário Nogueira avaliado com 'bom''. Dirigente da Fenprof tem 31 anos de carreira. Nos primeiros 10 deu aulas ao 1º ciclo mas há 21 anos que exerce a tempo inteiro funções sindicais pelo que está afastado das salas de aulas há já duas décadas. Fomos para a rua perguntar aos portugueses se concordam com um regime de avaliação para professores que não dão aulas que permite a Mário Nogueira estar no topo da carreira e auferir um salário iliquido de três mil euros.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Alunos gregos desmaiam nas escolas com fome

Os professores na Grécia estão preocupados com os vários casos que se têm registado nos últimos meses de alunos que desmaiam nas escolas por fome e desnutrição, e já alertaram as autoridades para o caso.

O primeiro ocorreu há cerca de um ano e a ele seguiram-se mais denúncias de professores, que garantem que alunos seus estão na escola até às 16h00 sem comer todo o dia.

Os meios de comunicação deram conta do caso, mas as notícias foram catalogadas de exageros jornalísticos até que, há cerca de duas semanas, um rapaz de 13 anos desmaiou num colégio da Heraklión, a capital da ilha de Creta.

Quando a directora avisou a mãe, que trabalha a tempo parcial numa empresa municipal e tem quatro filhos, ela disse que a sua família não comia nada há dois dias.

Reminiscências da fome após ocupação nazi

O assunto transformou-se em debate nacional e a imagem da comida a ser dividida nas escolas despertou, entre os mais velhos, o pesado inverno de 1941-42 quando, depois da ocupação nazi, mais de 300 mil pessoas morreram de fome.

Entretanto, a direcção escolar de Atenas assegurou que, desde que começou o ano lectivo, várias escolas básicas prepararam cerca de 5500 refeições por dia, e destacou que 67 dessas refeições são para alunos em condições de necessidade extrema.

Na semana passada, o semanário pró-governamental To Vima citava fontes do Ministério da Educação Nacional a afirmarem que está a ser preparado um programa de distribuição de senhas no valor de dois ou três euros para os alunos de escolas de regiões com alta percentagem de pobreza.