sábado, 12 de abril de 2008

BE: acordo é uma “derrota clamorosa da violência do Governo contra os professores”

O líder do Bloco de Esquerda classificou hoje o acordo entre o Ministério da Educação e sindicatos sobre a avaliação de docentes como uma “derrota clamorosa da violência do Governo contra os professores" que "demonstra claramente” que “tinham razão ao defender as escolas”.Francisco Louçã reagia ao acordo alcançado esta madrugada entre Ministério da Educação e sindicatos de professores, que permite a continuação da avaliação de professores este ano lectivo baseada em quatro parâmetros: a ficha de auto-avaliação, a assiduidade, o cumprimento do serviço distribuído e a participação em acções de formação contínua, quando obrigatória.
Estes pressupostos integram o regime simplificado de avaliação de desempenho a aplicar este ano lectivo e aplicam-se a todos os professores contratados e aos dos quadros em condições de progredir na carreira, num total de sete mil docentes.
Para o líder do Bloco, é "necessário fazer recuar o modelo de gestão de avaliação e gestão das escolas, uma vez que exclui a comunidade escolar" assim como é "importantíssimo afirmar a necessidade de integrar todos os professores contratados que há muitos anos exercem trabalho nas escolas no quadro da carreira docente". "Estes professores estão há anos nas escolas, pelo que devem ter os mesmos deveres e direitos dos que já integram o quadro da carreira docente", defendeu, acrescentando estar em "simultâneo" a ouvir declarações da ministra da Educação na SIC em que Maria de Lurdes Rodrigues afirmou "que nada muda no modelo de avaliação".
"Autoritário, burocrático e hierárquico" é como o líder do Bloco classifica o modelo de gestão e avaliação das escolas, razão por que exige que seja "totalmente desmistificado e vencido". "Mais importante do que questionar o modelo, é indispensável vencê-lo", enfatizou, acrescentando que "entre os mais de 60 itens constantes do modelo consta um gravíssimo que é a avaliação segundo critérios partidários". Para Francisco Louçã, outro dos "erros gravíssimos" do modelo de gestão do Governo está em "fazer regressar às escolas a velha figura do reitor".

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