sexta-feira, 18 de abril de 2008

Madeira: «professores são tratados de forma vergonhosa»


O presidente da câmara municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, criticou hoje a forma «vergonhosa e iníqua» como os professores são tratados pelo Governo da República, que recorre a uma «política execrável».

O autarca falava na sessão de abertura do IX Congresso dos Professores da Madeira (SPM), que assinala o seu 30º aniversário e reúne cerca de 600 pessoas no Funchal até sábado.

«Os professores foram tratados de forma vergonhosa e iníqua», declarou Miguel Albuquerque, acrescentando que em Portugal se tem «assistido a uma técnica de manipulação» que visa «impor uma política de forma centralizada, independentemente do que pensam os receptores».

Miguel Albuquerque apontou que esta postura do Governo da República, de usar «um bode expiatório», começou por ser usada contra os juízes, depois atingiu as farmácias, os autarcas (com a Lei das Finanças Locais) e os professores.

«Essa técnica utilizava-se na Idade Média e é uma política execrável no ensino, usada para crucificar uma classe profissional para depois impor uma política. É uma vergonha», afirmou.

O autarca defendeu que a solução é lutar pela «dignificação dos professores e respeito por uma profissão que tem dado muito a Portugal».

A presidente do SPM, Marília Azevedo, falou da orientação futura da acção sindical e criticou quem «gere a Educação em Portugal [por] ter optado por legislar em catadupa sem nunca ouvir os professores».

A responsável considerou ainda que existe uma «inacreditável campanha de desvalorização social da imagem dos professores e educadores», argumentando que «esta classe profissional pensa e, ao contrário do que é afirmado pela diáfana ministra, sabe ler e interpretar».

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