quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sindicatos já admitem avaliação parcial este ano

Solução para longo diferendo pode ser encontrada esta tarde
A Plataforma sindical de professores enviou ontem à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, uma proposta onde, pela primeira vez, admite "negociar uma solução" para que sete mil professores - contratados e quadros em ano de progressão na carreira - sejam avaliados ainda este ano lectivo.A abertura surgiu um dia depois de, numa reunião no Conselho Nacional da Educação, a ministra ter proposto que as primeiras avaliações não tenham consequências negativas para os professores que venham a ser classificados com nota "regular" ou "insuficiente". Estas classificações podem implicar, respectivamente, a não progressão na carreira ou mesmo a saída da profissão. Mas atendendo ao facto de se tratar de "um primeiro ciclo" de avaliação, Maria de Lurdes Rodrigues prometeu dar uma "segunda oportunidade" a esses docentes, que poderão pedir nova avaliação no prazo de um ano, sem sofrerem entretanto as penalizações pela nota negativa.Contactada pelo DN nofinal de uma reunião sindical que se arrastou até perto das 21.00 de ontem, Lucinda Manuela, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), explicou que os professores continuam a acreditar que "não há condições que permitam que a avaliação seja feita" condignamente este ano lectivo. Mas atendendo à "inflexibilidade" do Ministério nesta matéria, "terá de ser encontrada uma forma de avaliar. Vamos procurar uma solução para que estes professores não sejam prejudicados", explicou.Recorde-se que os cerca de 7000 professores contratados ou quadros em ano de subida de escalão eram os únicos cuja avaliação teria forçosamente de ser concluída este ano lectivo à luz do novo Estatuto da Carreira Docente. A esmadagora maioria dos cerca de 140 mil professores será sujeita a uma avaliação bienal, a concluir no final de 2008/09, e este ano as escolas têm apenas de reunir elementos para os seus processos.Na decisão dos sindicatos pesou também a promessa da ministra de envolver estas estruturas no "acompanhamento e monitorização" do processo avaliativo.A solução para este diferendo - que levou 100 mil professores a manifestarem-se em Lisboa há um mês- poderá ser selada hoje à tarde, em nova reunião com a ministra. Mas os sindicatos fazem outras exigências para abandonar a luta, como a suspensão do novo modelo de gestão das escolas até 2008/09

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