quinta-feira, 17 de abril de 2008

Professores abrem guerra de números

De um lado, os sindicatos, que garantem o apoio de quase 90 por cento dos 50 mil professores consultados na terça-feira (um terço do total de docentes) ao entendimento com o Ministério da Educação (ME); do outro, os movimentos independentes, que enumeram as dezenas de agrupamentos de escolas que rejeitaram o Memorando de Entendimento. O documento, que é assinado hoje entre o ME e os sindicatos, divide opiniões na classe docente. "Não resolve os problemas da Educação, mas permite resolver alguns problemas concretos no imediato. É pouco, mas desbloqueia a situação e, sobretudo, é a primeira vez em três anos que há alguma coisa", frisou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical. Na terça-feira, a moção que previa a ratificação do entendimento com a tutela foi discutida em mil agrupamentos, tendo sido aprovada por 86,2 por cento dos professores. Ou seja, a moção foi ratificada em 89 por cento dos locais. Contra o Memorando de Entendimento estão vários movimentos de professores. Um deles, o Movimento Em Defesa da Escola Pública, enumera mais de 70 escolas e agrupamentos que rejeitam o documento. A maior parte é do Norte e Centro (Braga, Guimarães,Porto,VilaReal,Aveiro, Coimbra,Leiria, Castelo Branco, por exemplo), mas também há escolas de Lisboa, Oeiras, Setúbal, Barreiro ou Sintra quenãoconcordam com o entendimento alcançado pelas estruturas sindicais. Apesar do entendimento com o Governo, os sindicatos não vão deixar de organizar os protestos regionais agendados para as noites de segunda-feira, a par do que aconteceu na Região Norte no início desta semana.

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