sexta-feira, 25 de abril de 2008

Criança entra armada na escola com pistola do pai

Uma criança de sete anos apanhou a pistola do pai em casa, enfiou-a no bolso e escondeu-a até chegar à escola, na quarta-feira de manhã, no Montijo. Entrou armado na sala de aula e, ao primeiro intervalo, decidiu exibir a arma aos colegas do 1.º ano, na Escola Básica do 1.º Ciclo, n.º 3 "A sorte", contou ao CM uma funcionária da escola, foi um rapaz informar a professora responsável pela turma. A pistola de pressão de ar, carregada com chumbos, "ficou no armário da professora até chegar a PSP".Pouco passava das 10h00 quando um colega de ‘Diogo’ (nome fictício) deu o alerta. O rapaz exibia-se no recreio e entre os amigos com a pistola do pai – de uma "forma inconsciente, tal como eles vêem nos filmes". Nenhum adulto tinha reparado na presença da arma – desde os pais, à saída de casa, até aos responsáveis da escola, à chegada. E a professora "entrou em pânico com a situação", assim que soube que havia uma arma carregada, dentro da sua sala, na posse de crianças.
O primeiro passo foi a ‘apreensão’ da pressão de ar a ‘Diogo’, que imediatamentecontouà professora de quem era a arma e onde a fora buscar. Depois, a professora decidiu guardá-la num armário, para evitar acidentes, e chamou os responsáveis da escola, que imediatamente deram conhecimento à PSP do Montijo. Nessa manhã dois agentes foram à escola buscar a arma, registar o testemunho de alunos e da professora de ‘Diogo’.Os pais da criança foram chamados à PSP e, mais tarde, à escola, "para que a situação seja esclarecida". O pai incorre agora em pena de multa – uma vez que, desde a nova Lei das Armas, até as pressões de ar têm de estar guardadas em cofres ou em armários de segurança, descarregadas e longe do alcance das crianças. Quanto às munições, têm de estar isoladas num local à parte.
A PSP fez explodir uma mochila suspeita, abandonada no recinto de uma escola no Forte da Casa, Vila Franca de Xira. Os bombeiros da Póvoa de Santa Iria estiveram no local, pelas 14h00, por prevenção.Há três semanas, um aluno de 14 anos fabricou, na Escola EB 2,3 José Silvestre Ribeiro, em Idanha-a-Nova, uma bomba artesanal que acabou por explodir numa arrecadação do estabelecimento de ensino. "Há alunos que levam pistolas de 6,35 e 9 mm para as escolas. Para não falar de facas, que são às centenas", avisou o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, no início do mês.

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