sábado, 11 de junho de 2022

A Sustentável Vida das Berlengas

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É possível recuperar um ecossistema em risco? A provar que sim, o Projeto Life Berlengas devolveu a esperança às plantas e às aves do arquipélago, ao salvar espécies ameaçadas. Com invasores expulsos e nativos protegidos foi restaurado o equilíbrio original.

É nas fendas graníticas da Berlenga Grande que a Armeria berlengensis – uma planta única no mundo – agarra as raízes. Mas esteve por um fio a sua sobrevivência, devido à invasão espécies como o chorão. Em grande risco estiveram também as cagarras e as galhetas, aves migratórias que nidificam no arquipélago e são o seu emblema, mas cujos ninhos eram alvos fáceis do rato-preto e de coelhos, também eles invasores deste território.

Situado ao largo de Peniche, o arquipélago das Berlengas representa um tesouro biológico composto por plantas exclusivas e habitats únicos na costa portuguesa. Um ecossistema em risco de se perder que centenas de especialistas e voluntários de um conjunto de organizações salvaram, através do Projeto Life Berlengas, provando, desde 2015, que a vontade humana pode dar ao Planeta um final feliz.

A partir do farol montaram-se ações, como a monitorização de ninhos nas escarpas, o arranque em massa de plantas infestantes ou a criação de “pássaros-espantalho” que, agarrados aos barcos, afugentam, com sucesso, as aves migratórias que encontravam a morte nas artes de pesca. Um trabalho em várias frentes, que passa também pela gestão do acesso humano à área designada pela Unesco – Reserva Mundial da Biosfera.


A energia que vem do lixo

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Transformar lixo em energia limpa. É o projeto levado a cabo, com grande sucesso, na capital lituana. Reduzem-se os aterros, processam-se de forma sustentável os resíduos não reciclados e alimenta-se uma central elétrica de cogeração.

A grande meta é atingir o sistema de resíduo zero. A central de cogeração instalada em Vilnius permite criar eletricidade e calor a partir de lixo que não entra no processo de reciclagem. É um investimento que contribui para os esforços da Lituânia no sentido de criar uma economia circular e para o seu objetivo estratégico de aumentar a independência energética.

A cogeração é uma forma muito eficiente de produzir, em simultâneo, eletricidade e calor. Enquanto nas centrais elétricas convencionais o calor produzido acaba, geralmente, por se perder, numa central de cogeração é propositalmente utilizado para atingir um nível mais elevado de eficiência energética.

Metade da capital do país já está a ser aquecida por esta central cujo potencial continua a desenvolver-se. Estima-se que em termos de sustentabilidade ambiental as emissões de gases com efeito de estufa na Lituânia se reduza em cerca de 10 por cento – 130 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.

A Cidade do Futuro

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Masdar é conhecida como a cidade do futuro. Foi construída de raiz em pleno deserto e prima pela sustentabilidade. É uma espécie de laboratório de ecomobilidade, com veículos elétricos sem condutor e corredores naturais de arrefecimento entre os edifícios. Tem como meta tornar-se uma cidade descarbonizada.

Pioneira em sustentabilidade, a cidade de Masdar é, em simultâneo, um centro de pesquisa e desenvolvimento e um cluster de tecnologias limpas. Líder em inovações para uma vida urbana mais verde e de crescimento suportável, o objetivo final é atingir o nível zero de dióxido de carbono (CO2).

As ruas foram desenhadas de forma a ajudar a captar o vento para que a temperatura possa baixar até 10 graus celsius com a ajuda de espaços verdes e fontes junto aos prédios. Painéis fotovoltaicos, instalados nos telhados dos edifícios, captam a luz solar, quase permanente, para a produção elétrica.

Nesta cidade, nos Emirados Árabes Unidos, há corredores magnéticos sob os edifícios onde circulam veículos que pretendem ser um modelo do transporte do futuro – com o intimismo de um carro, mas público e sem condutor. Veículos elétricos, tal como os que circulam à superfície.

Entre a Abundância e a Escassez Alimentar

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A conjuntura geopolítica mundial e a falta de respeito pela natureza estão a fazer pagar caro as atuais exigências alimentares. Foi-se o tempo em que se comia ao sabor dos ciclos da natureza, para no prato passar a estar uma maior quantidade de comida. Nem sempre de qualidade. A saúde queixa-se e exigem-se novas abordagens agrícolas e industriais.

O mundo globalizado trouxe abundância à mesa dos portugueses, mas a escassez pode voltar. As crises económicas, as guerras e a pandemia da Covid 19 despertaram, em pleno século XXI, o medo da falta de alimentos. Em Portugal, 70 por cento do que se come é importado e é enorme, sobretudo, a dependência de cereais.

Facto é que existem alternativas para atenuar o volume de dependência externa. É possível investir em fertilizantes biológicos nacionais; é possível rentabilizar o trigo para a alimentação humana e até é possível apostar de forma eficaz no cultivo das leguminosas, que para além de serem um alimento de elevado valor nutricional, são também fertilizantes naturais.

Os solos e a saúde humana agradecem uma mudança de práticas. A alimentação dos portugueses representa 30 por cento da pegada ecológica nacional. Comememos mais do que precisamos, dizem os médicos, e a saúde vai faltando, manifestando-se na obesidade, doenças autoimunes e cancros. Comemos também de forma errada: desrespeitando as épocas naturais de colheita e engordando intensivamente o gado – e até mesmo o peixe.

Por outro lado, as políticas de saúde não estão alinhadas com a capacidade económica para uma alimentação saudável. Os maus hábitos não se devem apenas às escolhas erradas por prazeres que não se querem adiar, mas também porque a qualidade paga-se. E comer saúde sai caro.

O fiel tratador

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É feito de dedicação, sabedoria e carinho, o dia a dia de Domingos Leal, no Parque Ornitológico de Lourosa. É um dos poucos zoos de aves em toda a Europa e há mais de 30 anos que conta com um fiel tratador que, mesmo sem formação superior, é considerado um dos melhores nesta área. Conhece como ninguém o comportamento e as necessidades dos mais de 500 animais que tem ao seu cuidado.

O Zoo de Lourosa é o único parque ornitológico em Portugal e conta com a dedicação do mesmo tratador desde que abriu ao público, em 1990, sendo, nessa altura, propriedade particular. Dez anos depois, o parque foi adquirido pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e, de mero expositor de aves, passou a integrar programas para a conservação e preservação de espécies e biodiversidade e a cooperar na área da investigação, nomeadamente nas áreas do comportamento e bem-estar animal, nutrição e saúde e enriquecimento ambiental.

A olhar todos os dias pelas centenas de aves do parque, Domingos Leal dá-lhes de comer, limpa-lhes os ninhos e zela pela harmonia do espaço, sendo o braço direito e o olhar atento dos veterinários. Criou uma relação de profunda confiança com os animais, vivendo com eles ao ritmo da própria natureza. Conhece-lhes os ritos e os encantos, sabe-lhes os gostos e as necessidades.

As aves do Parque de Lourosa representam 150 espécies de mais de 80 habitats. Há papagaios, pombos coroados, aves do paraíso, pavões, pelicanos. Um mundo de beleza, diversidade e muito conhecimento. São mais de meio milhar de exemplares dos vários cantos do mundo. Umas voam, outras vivem sobretudo na água ou em terra, mas todas contam com a dedicação do tratador que ganhou um estatuto único, fruto da dedicação de mais de três décadas.

De olhos vermelhos e pelo branquinho

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Podemos encontrá-los soltos pelos campos, em casa, como animais de companhia, ou no prato, como refeição. Os coelhos há muito relacionam com a espécie humana, tendo-se tornado animais de convívio. Na roda alimentar são apresentados como uma carne recomendada por ser magra e rica em nutrientes.

Povoam o imaginário infantil, como na canção “de olhos vermelhos e pelo branquinho, dou saltos bem altos, sou um coelhinho”, mas são também um alimento de alto valor nutricional. Para animal de companhia ou para criação alimentar, a produção de coelhos, não sendo complicada nem altamente dispendiosa, exige especial atenção à sua qualidade de vida, já que falamos de bichos sensíveis.

É comum ouvir-se a expressão “procriar como coelhos”, o que revela a rentabilidade da criação. Atingem cedo a maturidade sexual e têm grandes ninhadas. Como são animais de pequeno porte, ocupam pouco espaço e alimentam-se basicamente de leguminosas e gramíneas. Assim, os custos de criação são reduzidos, sendo garantida a sua comercialização. Portugal é o quarto país da Europa com maior produção de coelhos.

A cunicultura relaciona-se também com criação para a proteção das espécies, por exemplo para povoamento das reservas ecológicas, havendo regulamentação específica no que toca à preservação da fauna e dos seus habitats. Em relação à produção alimentar, são exigentes os padrões de qualidade e higiene, bem como os de bem-estar animal.

Migradores de Longa Distância: entre o Tejo e o Ártico

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O maçarico-de-bico-direito é uma ave migratória que passa os invernos em Portugal. Pode ser visto em bandos de milhares de indivíduos no estuário do Tejo, de onde partem rumo ao sul do Ártico para nidificar. As alterações climáticas e a intervenção humana têm conduzido a um decréscimo das suas populações.

É uma espécie considerada vulnerável e, por isso, protegida por convenções europeias. A população de maçaricos tem vindo a diminuir de forma drástica há várias décadas, em particular nos países onde se registou uma intensificação das práticas agrícolas. Em Portugal, país que acolhe dezenas de milhares destas aves durante a invernia, a ameaça surge devido a uma potencial intervenção na Zona de Proteção Especial do Estuário do Tejo – a construção de um aeroporto no Montijo.

As aves limícolas –  que se alimentam normalmente perto de água, apoiadas nas suas altas pernas e bicos longos, geralmente migradoras – são particularmente sensíveis às alterações ambientais, nomeadamente ao aquecimento do planeta, mais acentuado nas zonas muito frias, onde nidificam, e à destruição de habitats nas zonas húmidas e costeiras onde se refugiam no inverno. Merecem, portanto, especial atenção, estes pássaros que se mostram num espetáculo único em pleno voo, entre Portugal e a Islândia, numa viagem de cerca de três mil quilómetros – sem paragens!

Os maçaricos-de-bico direito são aves de médio/grande porte, exímios na tarefa de se alimentarem, podem, entre marés, ser encontrados a disputar território com os mariscadores, em pleno Tejo. A primavera é passada no sul do Ártico (Escandinávia, Rússia, Canadá, Gronelândia e Islândia), onde põem os ovos. O ciclo anual entre norte e sul da Europa é acompanhado, neste documentário, por uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro, que há mais de uma década estuda esta odisseia.

E Se Nós, Animais, Falássemos?

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Terão os porcos, as vacas, as ovelhas ou os frangos níveis de consciência que lhes permitam identificar o sofrimento, a alegria, a empatia, o medo? A ciência garante que sim. E que diferença tem feito para o ser humano ter conhecimento dessa capacidade?

Os animais que levamos para o prato têm perceções idênticas às dos que nos fazem companhia e às das pessoas. São seres sencientes, o que significa que têm sensações e sentimentos de forma consciente (Declaração de Cambridge, 2012). Ainda assim a maioria de nós não olha da mesma forma para um cão ou para um porco. Na cultura dos países ocidentais seria impensável comer um gato, já para os hindus é um pecado tocar numa vaca.

Mas não é apenas a cultura ou a religião que altera a nossa forma de tratar os animais. A industrialização alimentar tem um papel fundamental na matéria. O aumento do consumo de carne, muito sustentado em preços baixos, tem gerado um crescente fluxo de produção, transporte e abate de animais de pecuária. E em que condições tudo isto é realizado?

A União Europeia tem regras bem definidas sobre o bem-estar animal. Tanto para o gado, como para os bichos de estimação e também sobre o uso de animais para fins científicos. Como é feita a abordagem à consciência destes seres em Portugal é o que se reflete nesta reportagem, com imagens inéditas de um mundo resguardado dos olhos do consumidor.

A Cidade do Futuro

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Masdar é conhecida como a cidade do futuro. Foi construída de raiz em pleno deserto e prima pela sustentabilidade. É uma espécie de laboratório de ecomobilidade, com veículos elétricos sem condutor e corredores naturais de arrefecimento entre os edifícios. Tem como meta tornar-se uma cidade descarbonizada.

Pioneira em sustentabilidade, a cidade de Masdar é, em simultâneo, um centro de pesquisa e desenvolvimento e um cluster de tecnologias limpas. Líder em inovações para uma vida urbana mais verde e de crescimento suportável, o objetivo final é atingir o nível zero de dióxido de carbono (CO2).

As ruas foram desenhadas de forma a ajudar a captar o vento para que a temperatura possa baixar até 10 graus celsius com a ajuda de espaços verdes e fontes junto aos prédios. Painéis fotovoltaicos, instalados nos telhados dos edifícios, captam a luz solar, quase permanente, para a produção elétrica.

Nesta cidade, nos Emirados Árabes Unidos, há corredores magnéticos sob os edifícios onde circulam veículos que pretendem ser um modelo do transporte do futuro – com o intimismo de um carro, mas público e sem condutor. Veículos elétricos, tal como os que circulam à superfície.


Heat burst, um calor fenomenal

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Um fenómeno meteorológico pouco comum e extremo aconteceu em Beja, em Maio de 2022 - uma explosão de calor. Em poucos minutos, a temperatura aumentou mais de dez graus, a humidade caiu a pique e as rajadas de vento derrubaram árvores de grande porte.

Em meteorologia, heat burst é um fenómeno atmosférico raro. Traduz-se num aumento inesperado e localizado da temperatura do ar e tende a ocorrer durante a noite. O ar fica extremamente seco e dá-se uma queda abrupta da humidade. Muitas vezes, associam-se ventos fortes inesperados. Tudo acontece em poucos minutos.

O heat burst verificado numa madrugada de maio de 2022, na região de Beja – no Alentejo -, levou os termómetros a subirem mais de 10 graus celsius em menos de cinco minutos, chegando aos 33,5. Por seu lado, a humidade caiu dos 48 para os 13 por cento.

Pedro Santos, adjunto dos Bombeiros de Beja, dá conta dos efeitos sentidos e dos estragos que resultaram da situação, enquanto Paulo Pinto, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explica o tipo de fenómeno que os especialistas acreditam poder ser potenciado pelas alterações climáticas.

No rastilho dos incêndios

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Os grandes fogos de junho e outubro de 2017 voltaram a preocupação dos portugueses para a necessidade urgente de prevenção dos incêndios. Cinco anos depois, o número de ignições diminuiu, mas a intensidade do fogo aumentou. Com as mudanças do clima, as chamas ganham força e os investigadores apelam a novas medidas de gestão territorial.

No espaço de uma década, 2021 foi o ano em que se registaram menos incêndios em Portugal, mas os grande fogos de junho e outubro de 2017 não deixam esquecer o poder destrutivo das chamas. A região centro foi a mais afetada, com um saldo superior a 100 mortos – o maior de sempre no país – e mais de 500 mil hectares de área ardida.

Estima-se que até 2030 haja um aumento de 14 por cento de eventos extremos relacionados com o fogo em todo o mundo, e até final do século essa subida deverá chegar aos 50 por cento. Segundo os especialistas, a intensidade dos incêndios está diretamente relacionada com as alterações climáticas.

Há, no entanto, questões como a gestão do solo e da paisagem que são também fundamentais para os fenómenos extremos a que se assiste cada vez com maior regularidade. Por exemplo, nas áreas mediterrânicas o fogo é potenciado pela forma como se constrói dentro de áreas altamente arborizadas, pelo tipo de vegetação dominante e pelo abandono dos campos agrícolas.

A alteração do coberto vegetal – de grandes manchas homogéneas de pinhal e eucaliptal para espécies autóctones de forte resistência, como os carvalhos e os sobreiros – levanta a problemática do longo tempo de espera e choca com a economia ligada às árvores de rápido crescimento.

A aposta no combate, mas, sobretudo, na prevenção de fogos florestais, tem-se intensificado com outro tipo de medidas. Não há, ainda assim, soluções perfeitas, pois mesmo a limpeza com fogo controlado levanta questões de ordem ambiental.

A topografia, as caraterísticas da vegetação e a falta de chuva, entre outros, são fatores que têm contribuído para a erosão dos solos portugueses. Cada vez mais degradados pela intensificação agrícola e pela seca, Portugal vê a qualidade da sua superfície terrestre ainda mais ameaçada pelos incêndios, o que leva a um aumento galopante da desertificação.

Encontro d´Águas: Segredos da Ria e do Baixo Vouga Lagunar

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É um mosaico visual mágico, o que é criado pela confluência do Rio Vouga e da Ria de Aveiro. Água doce e salobra formam um labirinto de canais onde agricultura e vida selvagem convivem em plena harmonia, de forma única em Portugal.

Ao ritmo das marés, desbravam-se os segredos do emaranhado de águas que forma uma vasta área fértil para a agricultura e propicia habitats ímpares para múltiplas espécies. Aves, insetos e plantas – em especial aquáticas -, encontram nesta que é a maior zona húmida a norte do país a casa ideal para sobreviverem, já que várias espécies se encontram na lista vermelha das ameaçadas.

Campos agrícolas que se inundam com o ir e vir das águas tornam-se áreas com caraterísticas únicas para aves migratórias e limícolas. Do Norte da Europa chegam todos os anos bandos de pintassilgos-verdes e de África, garças-vermelhas. Com muito alimento e clima ameno, o Baixo Vouga Lagunar é também espaço predileto para aves de rapina como a águia-d’-asa-redonda e o gavião.

A rã-verde é a rainha dos anfíbios e répteis, entre os quais a cobra-rateira e os lagartos-de-água, tal como uma enorme variedade de insetos – por exemplo, a libélula que põe os ovos dentro de água -, dão uma vida intensa a todo este ecossistema muito particular no qual se cruzam o rio e a ria. Ao inundarem salgueirais e campos de arroz, as águas determinam quando é o ciclo das tainhas e das garças (maré alta) ou o dos caranguejos do lodo e dos flamingos (maré baixa).

Narcisos e dedaleiras anunciam a primavera que traz consigo a sementeira do arroz. A água volta às valas e aos canais, o gado bovino regressa aos campos do “bocage” que ressurge em todo o seu esplendor.

Campos do Bocage alagados pelo Rio Vouga em época de chuvas.

“Bocage” é um engenhoso agro-ecossistema existente em vários países europeus. Uma estrutura de campos divididos por sebes e árvores que limitam as áreas de cultivo, as pastagens e as linhas de água. Um rendilhado com grande potencial biológico que encontra no Baixo Vouga o mais antigo e notório exemplo nacional.

domingo, 8 de maio de 2022

Porque é que os corais estão a desaparecer?

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Talvez não saibas mas os corais são animais frágeis, que não gostam que as águas do mar aqueçam mais do que é suposto nem que fiquem demasiado ácidas, ou seja, com pouco oxigénio e muito dióxido de carbono. Quando isto acontece, as algas que lhes dão aquelas cores fantásticas, deixam de fazer a fotossíntese e começam a produzir substâncias tóxicas. É aqui que os corais adoecem e mostram o seu esqueleto esbranquiçado, sinal de que algo não está bem. Nem para eles, nem para todos os peixes que vivem nos recifes de coral. Será que ainda vamos a tempo de salvar estes ecossistemas, responsáveis por vinte e cinco por cento da vida marinha nos oceanos? Responde o ambientalista Francisco Ferreira.

Porque é que o nosso Planeta está mais quente?

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A temperatura média está a aumentar e bastam dois graus para a Terra ficar muito diferente. Fauna, flora, oceanos, toda a vida é ameaçada com as alterações climáticas provocadas sobretudo pela emissão dos gases com efeito de estufa. O maior responsável é o dióxido de carbono, que pode ser gerado por uma pessoa ou por uma fábrica, por exemplo. Sabias que, numa viagem curta, um automóvel emite mais de um quilo de CO2, ou que a produção de um quilo de bife de vaca liberta 16 quilos de metano para a atmosfera? Andar menos de carro ou comer menos carne são gestos que ajudam a limitar o aquecimento global. Mas vai ser preciso esforçarmo-nos muito mais para a casa dos ursos-polares não derreter completamente.


A importância de ser Xico Gaivota

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Trocou a pesca pela recolha do plástico que diariamente o mar empurra para as praias. Desse lixo faz nascer obras de arte, dando uma utilização mais sustentável aos materiais largados nos oceanos. Nas escolas, Xico Gaivota tenta sensibilizar os mais novos para a poluição marinha.

Divide o tempo entre as arribas das praias, onde recolhe lixo – sobretudo plástico – e a oficina onde faz nascer, desses detritos, obras de arte. Xico Gaivota deixou de tirar comida do mar para limpar o lixo que o oceano cospe, em vagas, sobre as praias.

Pesca agora, à mão, escovas de dentes, cartuchos de caça, brinquedos, bocados de tudo que servem para fazer peixes, tartarugas, e toda uma infinidade de peças que retratam a vida marinha. E já mostra esta dupla função de apanhador de lixo/artista por várias partes do mundo.

Tudo isto pode parecer uma pequena gota no oceano, pois sabe-se que 70% dos detritos estão no fundo dos mares e não à superfície. Mas, para chamar a atenção para este drama ambiental, Xico Gaivota faz a sua parte, que inclui ações de sensibilização nas escolas, em que os miúdos podem experimentar essa alquimia de fazer do lixo uma peça artística.

Alerta, alerta: estamos em emergência climática

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A mensagem é séria e para ser levada a sério: o planeta Terra está em perigo e a Humanidade também. Mais de 11 mil cientistas avisam que a crise climática está a acelerar mais do que se esperava e que alguns dos pontos críticos identificados há mais de dez anos estão já a acontecer. Substituir combustíveis fósseis por renováveis, reduzir os agentes poluidores e o consumo de carne, estabilizar o crescimento da população mundial fazem parte dos passos essenciais para evitar uma catástrofe. O problema é real, mas não tem merecido a devida atenção de muitos governantes. E tu, que fazes por esta causa?

Primavera, pólen… e alergias

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Quando passamos do Inverno para o Verão, nem tudo são rosas. O pólen é o mau da fita. Para evitar comichões e nariz entupido, há medidas simples que podem ajudar.

As alergias atingem cada vez mais pessoas e a Primavera é a época, por excelência, com uma maior concentração de alergénios no ambiente. Altura em que nas árvores começam a crescer as folhas e do chão a brotar as flores.

Os síntomas vão dos espirros à congestão nasal, passam pelas comichões, lacrimejar dos olhos e mesmo dificuldades em respirar. A tosse irritativa também costuma dar sinal.

Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), um quarto dos portugueses tem rinite alérgica e quase um décimo sofre de asma.

Para evitar ao máximo este sofrimentos primaveris, é recomendado um diagnóstico médico e o cumprimento da prescrição.

Quanto a atividades ao ar livre, não deve fazer exercício físico de manhã e não saia de casa sem os óculos escuros. É absolutamente desaconselhável cortar relva ou fazer campismo. No carro, viaje com as janelas fechadas e na mota aconselha-se o uso do capacete integral. Durante o dia, evite abrir as janelas de casa e durante a noite, não deixe no quarto a roupa usada.

O que é o efeito de estufa?

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Uma estufa serve para proteger e manter a temperatura. Mas será que esse equilíbrio dura para sempre? O´Cósmico aprende tudo sobre este fenómeno com a Cassiopeia neste episódio do VisioKids. E tu?

“VisioKids” é uma série que explora as curiosidades e questões da ciência de modo informal e divertido. Os personagens, cinco amigos, representam diferentes áreas do conhecimento e partilham as suas aventuras e experiências para ensinarem os fundamentos da ciência.

Atómico é especialista em energia, luz, química e novos materiais, Bit interessa-se por informática e robótica, Cassiopeia gosta de geografia, animais, plantas e ambiente, Cósmico viaja pelo sistema solar, astronomia e astrofísica e Vita conhece o corpo humano o ADN e a vida.

Juntos mostram, no Ensina, como a ciência também é divertida.

Nuclear sim, mas…

https://ensina.rtp.pt/artigo/nuclear-sim-mas/

Já desde o tempo da máquina a vapor que este é usado para a criação de energia. Contudo, a queimar carvão, fuel ou gás, a obtenção de vapor também liberta substâncias nocivas para o ambiente, como o dióxido de carbono. A energia nuclear evita isto.

A obtenção de vapor para a energia nuclear consiste num sistema diferente da queima de substância combustível: faz-se através da quebra do núcleo dos átomos em partes mais pequenas. Na prática, e por não depender da queima de combustível, isto evita a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera.

Há que considerar, no entanto, que os resíduos provenientes da energia nuclear não são isentos de toxicidade e têm de ter particular atenção na forma como são tratados e descartados.

O papel das abelhas na polinização cruzada

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Os VisioKids explicam o que é a polinização cruzada.

“VisioKids” é uma série que explora as curiosidades e questões da ciência de modo informal e divertido. Os personagens, cinco amigos, representam diferentes áreas do conhecimento e partilham as suas aventuras e experiências para ensinarem os fundamentos da ciência.

Atómico é especialista em energia, luz, química e novos materiais, Bit interessa-se por informática e robótica, Cassiopeia gosta de geografia, animais, plantas e ambiente, Cósmico viaja pelo sistema solar, astronomia e astrofísica e Vita conhece o corpo humano o ADN e a vida.

Juntos mostram, no Ensina, como a ciência também é divertida.