A Sociedade Portuguesa de Matemática considerou hoje que os resultados dos alunos do 9º ano à disciplina «na realidade, são piores» do que revelam as notas do exame nacional, porque as perguntas da prova, «na maioria dos casos, eram demasiado elementares».
As negativas da Matemática no exame nacional do 9º ano caíram quase 30 pontos percentuais este ano, face a 2007, segundo dados revelados quinta-feira à noite pelo Ministério da Educação.
Somadas, as notas negativas totalizam 44,9 por cento, quando em 2007 esse total tinha sido de 72,2 por cento (25 por cento com nível 1 e 47,2 por cento com nível 2).
«Estes resultados não nos espantam nada», disse à Lusa o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Nuno Crato, reafirmando o que já tinha dito aquando da realização da prova: «este exame de Matemática foi talvez o mais fácil de sempre realizado no básico».
Para Nuno Crato, os resultados dos alunos do 9º ano a Matemática, «na realidade, são piores do que os exames revelam, porque as perguntas da prova, na maioria dos casos, eram demasiado elementares».
O matemático considerou ainda que os resultados deste ano «mostram que os exames não são comparáveis» e lamentou que «Ministério da Educação produza exames não fiáveis, porque não são comparáveis».
Nuno Crato disse ainda concordar com o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que hoje disse que os resultados no exame nacional de matemática do 9º ano são «maus», atendendo a que quase metade dos alunos teve negativa.
«É verdade que os resultados são maus, atendendo a que o nível do exame era tao baixo», afirmou.
Para Nuno Crato, só se podem inverter os maus resultados dos alunos portugueses a Matemática sendo «honesto na avaliação».
«Não conseguiremos inverter os maus resultados se não soubermos exactamente o estado em que estão os alunos de ano para ano. E com as provas de aferição e os exames que o Minsitério da Educação tem produzido isso não é possível», sublinhou.
Para Nuno Crato, «o que se está a passar com os exames nacionais é extremamente grave e pode criar um quase irreversível abaixamento do nível dos alunos a matemática no básio e secundário».
«Os exames balizam o nível do ensino, mas em vez de seguirem o nível patente nos currículos, que seguem os professores e os manuais escolares, alinham por níveis de exigência muito inferiores», afirmou, destacando que «para o ano pode existir na escola a tendência para respeitar e seguir níveis inferiores de exigência».
Também a Associação de Professores de Matemática considerou hoje que as notas conseguidas pelos alunos do 9º ano não comparáveis com as de 2007, «porque os resultados dependem muito também das próprias provas».
«Ninguém acredita que os alunos do ano passado eram um desastre e que os deste ano ano são muito melhores. Não se pode acreditar que esta diferença corresponde só a uma melhoria de aprendizagens», disse à Lusa a presidente da APP, Rita Bastos.
A professora acredita que, no entanto, «é natural que o investimento que o Ministério da Educação tem feito ao nível do Plano da Acção para a Matemática esteja a dar frutos e que esteja a contibuir para uma mudança positiva no ensino da metemática. Mas não lhe digo que a mudança seja igual à percentagem de positivas deste ano. Não acredito nisso até porque as mudanças na educação são lentas, não acontecem de um momento para o outro», destacou.
Rita Bastos sublinhou que, no entanto, os professores de Matemática «estão satifeitos» com os resultados deste ano, porque «os alunos melhoraram as notas». «Gostamos que os nossos alunos tenham sucesso, apesar de haver ainda muito insucesso. Não é completamente satisfatório, mas comparativamente a anos anteriores, já é bastante satisfatório», afirmou.
Diário Digital / Lusa
As negativas da Matemática no exame nacional do 9º ano caíram quase 30 pontos percentuais este ano, face a 2007, segundo dados revelados quinta-feira à noite pelo Ministério da Educação.
Somadas, as notas negativas totalizam 44,9 por cento, quando em 2007 esse total tinha sido de 72,2 por cento (25 por cento com nível 1 e 47,2 por cento com nível 2).
«Estes resultados não nos espantam nada», disse à Lusa o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Nuno Crato, reafirmando o que já tinha dito aquando da realização da prova: «este exame de Matemática foi talvez o mais fácil de sempre realizado no básico».
Para Nuno Crato, os resultados dos alunos do 9º ano a Matemática, «na realidade, são piores do que os exames revelam, porque as perguntas da prova, na maioria dos casos, eram demasiado elementares».
O matemático considerou ainda que os resultados deste ano «mostram que os exames não são comparáveis» e lamentou que «Ministério da Educação produza exames não fiáveis, porque não são comparáveis».
Nuno Crato disse ainda concordar com o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que hoje disse que os resultados no exame nacional de matemática do 9º ano são «maus», atendendo a que quase metade dos alunos teve negativa.
«É verdade que os resultados são maus, atendendo a que o nível do exame era tao baixo», afirmou.
Para Nuno Crato, só se podem inverter os maus resultados dos alunos portugueses a Matemática sendo «honesto na avaliação».
«Não conseguiremos inverter os maus resultados se não soubermos exactamente o estado em que estão os alunos de ano para ano. E com as provas de aferição e os exames que o Minsitério da Educação tem produzido isso não é possível», sublinhou.
Para Nuno Crato, «o que se está a passar com os exames nacionais é extremamente grave e pode criar um quase irreversível abaixamento do nível dos alunos a matemática no básio e secundário».
«Os exames balizam o nível do ensino, mas em vez de seguirem o nível patente nos currículos, que seguem os professores e os manuais escolares, alinham por níveis de exigência muito inferiores», afirmou, destacando que «para o ano pode existir na escola a tendência para respeitar e seguir níveis inferiores de exigência».
Também a Associação de Professores de Matemática considerou hoje que as notas conseguidas pelos alunos do 9º ano não comparáveis com as de 2007, «porque os resultados dependem muito também das próprias provas».
«Ninguém acredita que os alunos do ano passado eram um desastre e que os deste ano ano são muito melhores. Não se pode acreditar que esta diferença corresponde só a uma melhoria de aprendizagens», disse à Lusa a presidente da APP, Rita Bastos.
A professora acredita que, no entanto, «é natural que o investimento que o Ministério da Educação tem feito ao nível do Plano da Acção para a Matemática esteja a dar frutos e que esteja a contibuir para uma mudança positiva no ensino da metemática. Mas não lhe digo que a mudança seja igual à percentagem de positivas deste ano. Não acredito nisso até porque as mudanças na educação são lentas, não acontecem de um momento para o outro», destacou.
Rita Bastos sublinhou que, no entanto, os professores de Matemática «estão satifeitos» com os resultados deste ano, porque «os alunos melhoraram as notas». «Gostamos que os nossos alunos tenham sucesso, apesar de haver ainda muito insucesso. Não é completamente satisfatório, mas comparativamente a anos anteriores, já é bastante satisfatório», afirmou.
Diário Digital / Lusa
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