O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) considerou hoje «correcto» mas «insuficiente» o aumento do número de vagas no Ensino Superior Público, que vai disponibilizar mais 1.505 lugares face ao ano anterior.
Segundo dados oficiais, o ensino superior politécnico foi o grande responsável pelo aumento do número de vagas para o próximo ano lectivo, pois disponibiliza mais 1.166 lugares, enquanto para o ensino superior universitário apenas criou mais 339.
Apesar de achar «correcta» a abertura de mais vagas para o Ensino Superior Público, Luciano Almeida sublinhou à Agência Lusa que este aumento é ainda «insuficiente para as necessidades do país», cuja população apresenta níveis «baixos» de qualificação e formação profissional.
Segundo o mesmo responsável, se o ensino superior público não oferecesse esse número de vagas, o sector privado encarregar-se-ia de o fazer.
Luciano Almeida saudou também a iniciativa de reforçar o ensino pós-laboral, por forma a «criar condições para quem já está inserido no mercado de trabalho».
Congratulou-se igualmente com o facto de, ao nível do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior, ser oferecido, pela primeira vez, quatro vagas para a modalidade de ensino à distância.
Este tipo de cursos à distância pode beneficiar quer os alunos que vivam em zonas mais remotas do país, quer pessoas que trabalham em regime de turnos ou outros que não permitam frequentar a escola em horário diurno ou pós-laboral.
«No que diz respeito à política de vagas, no essencial parece-me correcta, embora seja insuficiente para as necessidades do país», conclui o responsável.
Confrontado com as declarações do bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, que criticou hoje o facilitismo no acesso a alguns cursos de engenharia, após um ensino secundário onde a formação nas áreas da matemática, física e química é insuficiente, Luciano Almeida disse não se «rever» nessas críticas.
«Devo confessar que não acompanho essa críticas. Não concordo que o ensino secundário em Portugal tenha qualidade inferior àquela que existia» no final da década de 60 ou início dos anos 70, disse, aludindo à sua própria experiência como aluno do secundário há muitos anos.
Na opinião de Luciano Almeida, os jovens que terminam agora o ensino secundário têm níveis de formação e informação superior à dos alunos que frequentaram o liceu há mais de 30 anos. O que acontece é que têm «um problema de atitude», defendeu. Ou seja, precisou, os jovens têm agora «menos maturidade» e «menos capacidade para estudarem sozinhos», sendo que isso resulta em parte de um sistema de ensino que «desresponsabiliza» mais os alunos e, em contraponto, tende a responsabilizar mais os professores pelo fracasso escolar.
Diário Digital / Lusa
Segundo dados oficiais, o ensino superior politécnico foi o grande responsável pelo aumento do número de vagas para o próximo ano lectivo, pois disponibiliza mais 1.166 lugares, enquanto para o ensino superior universitário apenas criou mais 339.
Apesar de achar «correcta» a abertura de mais vagas para o Ensino Superior Público, Luciano Almeida sublinhou à Agência Lusa que este aumento é ainda «insuficiente para as necessidades do país», cuja população apresenta níveis «baixos» de qualificação e formação profissional.
Segundo o mesmo responsável, se o ensino superior público não oferecesse esse número de vagas, o sector privado encarregar-se-ia de o fazer.
Luciano Almeida saudou também a iniciativa de reforçar o ensino pós-laboral, por forma a «criar condições para quem já está inserido no mercado de trabalho».
Congratulou-se igualmente com o facto de, ao nível do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior, ser oferecido, pela primeira vez, quatro vagas para a modalidade de ensino à distância.
Este tipo de cursos à distância pode beneficiar quer os alunos que vivam em zonas mais remotas do país, quer pessoas que trabalham em regime de turnos ou outros que não permitam frequentar a escola em horário diurno ou pós-laboral.
«No que diz respeito à política de vagas, no essencial parece-me correcta, embora seja insuficiente para as necessidades do país», conclui o responsável.
Confrontado com as declarações do bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, que criticou hoje o facilitismo no acesso a alguns cursos de engenharia, após um ensino secundário onde a formação nas áreas da matemática, física e química é insuficiente, Luciano Almeida disse não se «rever» nessas críticas.
«Devo confessar que não acompanho essa críticas. Não concordo que o ensino secundário em Portugal tenha qualidade inferior àquela que existia» no final da década de 60 ou início dos anos 70, disse, aludindo à sua própria experiência como aluno do secundário há muitos anos.
Na opinião de Luciano Almeida, os jovens que terminam agora o ensino secundário têm níveis de formação e informação superior à dos alunos que frequentaram o liceu há mais de 30 anos. O que acontece é que têm «um problema de atitude», defendeu. Ou seja, precisou, os jovens têm agora «menos maturidade» e «menos capacidade para estudarem sozinhos», sendo que isso resulta em parte de um sistema de ensino que «desresponsabiliza» mais os alunos e, em contraponto, tende a responsabilizar mais os professores pelo fracasso escolar.
Diário Digital / Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário