Os alunos que ontem realizaram prova de Português do 12º ano, na segunda fase, ficaram "claramente beneficiados face aos que a prestaram na primeira fase". A constatação é da Associação de Professores de Português, cuja vice-presidente apontou, em declarações ao DN, uma "desigualdade enorme" entre as provas da primeira e da segunda fase. "Esta prova foi extremamente clara, não há perguntas ambíguas, ou seja, totalmente o oposto daquela realizada a 17 de Junho, extremamente confusa e com questões mal formuladas", disse Edviges Ferreira. Por isso mesmo, a vice-presidente daquela associação afirmou não ter dúvidas de que "as notas médias vão subir" face às da primeira fase, que foram desastrosas. Naquele período de exames, a média a Português desceu sete décimas em relação às de outros anos, para níveis negativos, em torno dos nove valores. Agora, acredita a Associação dos Professores de Português (APP), "os resultados dos alunos que fizeram o último exame deverão ser significativamente melhores, aproximando-os das médias dos últimos anos".A disparidade no nível de acessibilidade e legibilidade das provas é vista pela associação como algo que deveria ser evitado a todo o custo pelo Ministério da Educação, sob pena de colocar os alunos em situação de grande desigualdade. O DN tentou contactar o Ministério da Educação para obter um comentário às críticas lançadas por aquela associação de professores, mas tal não foi possível até à hora de fecho desta edição.A análise feita pela APP ao exame conclui tratar-se de uma "prova acessível e que avalia as competências mínimas de um aluno do final do 12º ano". No comentário formal à prova lamenta-se, contudo, o facto de até ao fim do dia de ontem o Ministério da Educação não ter disponibilizado àquela associação os correspondentes critérios de correcção. As grelhas de correcção da prova não estavam ainda acessíveis no site do Ministério da Educação no final do dia, várias horas após o exame.
DN
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