A falta de professores e de apoio do Governo são as principais queixas dos portugueses quanto ao Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), que tem cada vez mais alunos e menos dinheiro.
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros uma nova estratégia para a promoção e divulgação da língua portuguesa, numa altura em que os protestos e reclamações pela situação do EPE são uma constante, tanto na Europa como no continente americano.
A última manifestação aconteceu em Abril passado, na Alemanha, quando mais de 700 portugueses desfilaram, pela segunda vez em menos de um ano, em Estugarda e em Frankfurt, em defesa da estabilidade na colocação de professores de português.
A falta de professores em algumas localidades daquelas regiões deixou cerca de 250 crianças sem aulas de português no último ano.
Entretanto, uma das maiores controvérsias surgiu em Março passado, quando o Governo português decidiu não apoiar a iniciativa das autoridades venezuelanas de incluir, a partir de Outubro próximo, a língua portuguesa no currículo oficial do ensino venezuelano.
Alegando falta de dinheiro, o Governo disse estar impossibilitado de ajudar a Venezuela a resolver o problema da falta de professores de português.
No final do ano passado, a coordenadora do ensino de português na Alemanha, Antonieta Mendonça, alertou no colóquio «Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas», que decorreu em Lisboa, que aquele país está a perder cursos e a ficar sem professores.
Para exemplificar o decréscimo no investimento do EPE, a responsável afirmou que, em 2003, existiam 1345 professores de português na Alemanha e agora existem 886.
Também dos Estados Unidos surgiram vozes críticas com o conselheiro das Comunidades Portuguesas José João Morais a acusar o Governo de desinvestimento naquele país e a lamentar que os cerca de 17 mil alunos de português tenham estado dois anos sem coordenador de português.
«Como é amplamente conhecido, o Governo português não gasta um euro sequer em iniciativas de apoio ao ensino da nossa língua em todo este país há mais de 10 anos», disse o conselheiro, acrescentando que «quem suporta o ensino são os pais, as associações, as igrejas e alguns mecenas».
Nos Estados Unidos - ao contrário do que se passa na Europa e na África do Sul, onde os professores são colocados pelo Ministério da Educação - são as escolas comunitárias, propriedade de clubes, igrejas e associações, que organizam o ano lectivo e contratam os professores.
Em 2006, no final do ano lectivo, os cerca de 200 professores de português das 67 escolas comunitárias portuguesas nos Estados Unidos terminaram as aulas com queixas de «abandono» por parte do Governo português e de falta de um Coordenador de Ensino.
Diário Digital / Lusa
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros uma nova estratégia para a promoção e divulgação da língua portuguesa, numa altura em que os protestos e reclamações pela situação do EPE são uma constante, tanto na Europa como no continente americano.
A última manifestação aconteceu em Abril passado, na Alemanha, quando mais de 700 portugueses desfilaram, pela segunda vez em menos de um ano, em Estugarda e em Frankfurt, em defesa da estabilidade na colocação de professores de português.
A falta de professores em algumas localidades daquelas regiões deixou cerca de 250 crianças sem aulas de português no último ano.
Entretanto, uma das maiores controvérsias surgiu em Março passado, quando o Governo português decidiu não apoiar a iniciativa das autoridades venezuelanas de incluir, a partir de Outubro próximo, a língua portuguesa no currículo oficial do ensino venezuelano.
Alegando falta de dinheiro, o Governo disse estar impossibilitado de ajudar a Venezuela a resolver o problema da falta de professores de português.
No final do ano passado, a coordenadora do ensino de português na Alemanha, Antonieta Mendonça, alertou no colóquio «Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas», que decorreu em Lisboa, que aquele país está a perder cursos e a ficar sem professores.
Para exemplificar o decréscimo no investimento do EPE, a responsável afirmou que, em 2003, existiam 1345 professores de português na Alemanha e agora existem 886.
Também dos Estados Unidos surgiram vozes críticas com o conselheiro das Comunidades Portuguesas José João Morais a acusar o Governo de desinvestimento naquele país e a lamentar que os cerca de 17 mil alunos de português tenham estado dois anos sem coordenador de português.
«Como é amplamente conhecido, o Governo português não gasta um euro sequer em iniciativas de apoio ao ensino da nossa língua em todo este país há mais de 10 anos», disse o conselheiro, acrescentando que «quem suporta o ensino são os pais, as associações, as igrejas e alguns mecenas».
Nos Estados Unidos - ao contrário do que se passa na Europa e na África do Sul, onde os professores são colocados pelo Ministério da Educação - são as escolas comunitárias, propriedade de clubes, igrejas e associações, que organizam o ano lectivo e contratam os professores.
Em 2006, no final do ano lectivo, os cerca de 200 professores de português das 67 escolas comunitárias portuguesas nos Estados Unidos terminaram as aulas com queixas de «abandono» por parte do Governo português e de falta de um Coordenador de Ensino.
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