quarta-feira, 20 de maio de 2009

Alunos consideram professora suspensa de escola de Espinho como "a mais espectacular"

Dezenas de alunos da Escola EB 2/3 Sá Couto de Espinho descrevem a docente, que foi suspensa devido à acusação de manter conversas impróprias nas aulas, como "a professora mais espectacular na escola".

Estudantes do 7.º ao 9.º ano - aos quais a referida docente Joaquina Rocha lecciona as disciplinas de História ou Cidadania do Mundo Actual - afirmam que ela sempre se revelou preocupada com os problemas pessoais dos seus alunos. "Mas sem deixar de dar a matéria das aulas", asseguram.

Samir Nica, 19 anos, diz que ela "é uma professora espectacular. Dá as aulas, mas também se preocupa com o que a gente anda a fazer lá fora. É a nossa segunda mãe aqui na escola". "Quando eu tinha algum problema, era com ela que ia falar e ela ajudou-me sempre", acrescenta o jovem. 

"Sempre foi muito correcta. Não tenho nada que lhe possa apontar", disse. Samir dá um exemplo da atitude pela qual diz "admirar" a docente: "Eu mudo muito de namorada e a professora Joaquina sempre me disse que isso não estava bem e que eu devia ter cuidado". 

Ricardo Joel Familiar, do 8.º ano, é outro aluno que garante que "ela é a professora mais espectacular da escola". 

Carlos Santos, 18 anos, também defende Joaquina Rocha: "Ela é muito boa professora e sempre a ouvi dar bons conselhos ao pessoal". 

Sobre a gravação da conversa em que a docente se terá referido à alegada actividade sexual de duas alunas, em termos que os pais das mesmas consideram impróprios, tanto Samir, como Carlos e outros jovens dizem que "aquilo foi tudo arranjado". 

Ricardo Joel Familiar assegura que "as alunas já fizeram aquilo de propósito e provocaram a conversa toda porque sabiam que estavam a gravar". Daniel Ferreira considera, aliás, que "a professora não disse nada de mais. Foi é muito provocada para chegar àquele ponto". 

Outro aluno, que preferiu não ser identificado, tem a mesma opinião, mas acrescenta: "Isto só chegou ao ponto em que está porque a nossa directora de turma nunca gostou dessa professora e, como também é directora dessa turma [em que se deram os incidentes], aproveitou para fazer disto um grande caso". 

"Se tivesse sido com outra professora qualquer", continua o mesmo estudante, "não tinha havido nada disto". 

Rui Silva realça ainda que "ninguém tem razões de queixa da professora a não ser esse 7.º ano. E nem é a turma toda! São só as duas alunas que arranjaram este barulho todo". Essas estudantes, dizem, já teriam reclamado de Joaquina Rocha à directora de turma. Lusa
 

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